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Os adolescentes e os jovens na faixa etária um pouco mais madura deveriam recorrer aos documentários existentes sobre o futebol que o Brasil praticou com arte. Talvez não encontrem muita coisa. A televisão colorida é recente e os recursos técnicos para a produção de imagens nítidas e bem definidas igualmente. Mas dá para ter uma idéia.

A minha geração foi brindada pelo futebol de Pelé, Garrincha, Gérson, Ademir Da Guia, Jairzinho, Tostão, Mauro, Telê e tantos outros. São os parâmetros de julgamento que Deus nos permitiu ter.

Futebol com talento, sem violência e com qualidade de fazer cientistas e intelectuais se misturarem aos mais humildes para aliviar o cérebro carregado de números e fórmulas. Os estádios eram multiplicadores de felicidade, quebravam a tensão dos casais em conflito. O futebol-arte era uma saudável distração, colírio para os olhos e bálsamo para o coração. "Alegria do povo", como foi chamado Garrincha, o mais desconcertante driblador do futebol mundial.

Esse tempo de emoção e satisfação com a virtude artística ainda faz brotar lágrima nos olhos privilegiados que a vida nos deu.

Simplório e rústico ao analisar a atual seleção brasileira, Dunga se contenta em dizer que jogar feio e vencer satisfaz sua expectativa de treinador da seleção. Muito pobre o conceito de Dunga.

O Brasil é o maior fornecedor de jogadores para o mercado mundial, de bons jogadores e às vezes medianos. Muitos deles perderam o orgulho de defender a seleção brasileira, acostumados a receber em euro, dólar e até em petróleo formatado como dinheiro.

A CBF tem culpa nessa história. Quando faz amistosos para atender os seus patrocinadores exige até onde pode a presença dos melhores. Trata-se de uma simples operação mercantil. Na Copa América – competição oficial – temos jogadores dos quais nunca ouvimos falar. Pena que no Brasil as coisas estejam degradadas de forma assustadora. Na Venezuela está uma seleção brasileira sem brilho nivelada ao que há de pior na organização (?) do futebol brasileiro.

Decisão no Japão

A escolha da Arena para abrigar jogos de uma eventual Copa do Mundo em 2014 no Brasil, ao contrário do muita gente pensa, não foi decidida pelo núcleo governamental que ficou em Curitiba, enquanto o governador do estado e sua comitiva estavam em missão oficial no Japão. Quem forneceu fortes e irrebatíveis argumentos para Requião mudar de idéia (ele queria o Pinheirão) foi o deputado Alexandre Curi, neto de Aníbal Khury, ex-presidente do Atlético. Convencido, o governador voltou atrás e fez o que a lógica mandava, indicou a Arena, o nosso melhor estádio. Alexandre, bom conselheiro, evitou que o governador desse um tiro no pé.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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