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O que faz do futebol um esporte de tão extraordinária repercussão é o inesperado, o que contraria previsões lógicas. Nos jogos do Atlético e do Paraná – apesar da crença justíssima das duas torcidas – os resultados mais lógicos estavam focados em vitórias do Cruzeiro e do Barueri. E deu exatamente o contrário, para felicidade do futebol paranaense. Dispensável falar da imperiosa necessidade de vitória de rubro-negros e tricolores, com a guilhotina ameaçando cortar o pescoço de ambos, derrubando-os para divisões inferiores. Pois as surpresas gostosas do futebol foram generosas com os dois clubes. O Paraná ganhou do Barueri porque contou com boa dose de sorte, trabalho correto do treinador e luta obstinada dos jogadores. O Atlético foi agraciado com uma prematura expulsão do adversário, a liderança tranqüila de Geninho e o fantástico apoio dos milhares de torcedores que foram à Baixada.

A situação do Paraná melhorou bastante. Ganhando seis pontos dos dezoito que ainda coloca em jogo estará seguro de que não será rebaixado mais uma vez.

Para o Atlético, o quadro que se apresenta é grave. O Rubro-Negro continua na zona do rebaixamento e precisará investir ainda mais no espírito guerreiro dos jogadores e na competência didática de Geninho.

A diferença entre o Paraná e o Atlético está na linearidade da má campanha do time da Baixada e na recuperação expressiva do Tricolor no segundo turno, conseguindo, até agora, a terceira pontuação do returno, atrás de Corinthians e Brasiliense.

Max, uma perda

Foi torcedor do Ferroviário, vice-presidente do Colorado e um entusiasta do Paraná. Seis mandatos de deputado federal, operário do exercício político, servidor incansável dos municípios e do povo que representou, idéias transparentes e convicto de suas posições ideológicas. Max soube ser amigo e companheiro, sem afetações e com generosidade.

Nos conhecemos na adolescência, na política estudantil, no Colégio Estadual do Paraná. Tínhamos posições divergentes. Fomos contemporâneos na UFPR, quando fizemos o curso de Direito.

Eleitos, eu pelo PDT e ele pelo PMDB, participamos com afinco da Assembléia Nacional Constituinte e da Câmara dos Deputados. Naquele período (1987-1991), o primeiro sinal de saúde preocupante.

Sentiu um desconforto, muita dor de cabeça, dormência e decidiu voltar à nossa Curitiba. Fiz a viagem de volta ao seu lado, com a incumbência de não deixá-lo dormir, para evitar males maiores. Comuniquei a família de Max que estávamos retornando e sugeri o agendamento de assistência médica. Recebido pela esposa e amigos, Max foi direto ao médico. Recuperou-se, mas não deu importância à advertência da vida.

Colocou o mandato e a representação do seu povo acima da saúde pessoal. Não esmoreceu jamais. Leal e companheiro até que a morte o levou, depois de sua última batalha, trabalhar pela eleição dos seus companheiros na recente eleição municipal. Minha sentida homenagem aos familiares de Max Rosenmann, e à sua memória o tributo a um guerreiro extremado, com a minha admiração.

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