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O Coritiba apresenta avanços visíveis e consolida a vice-liderança criando um clima de confiança. Mas ainda tem que evoluir mais, ser linear sem as discrepâncias do jogo contra o CRB. Primeiro tempo ótimo, envolvente, praticando um futebol veloz, com boa técnica. Um pouco torto, pois fez quase tudo pelo lado direito, com grandes jogadas de Pedro Ken e Henrique Dias, com o apoio de Anderson Lima.

O lado esquerdo foi pouco explorado, mas quando o foi o Coritiba ganhou uma falta que Anderson bateu para Gustavo marcar de cabeça. Um primeiro tempo que agradou, mesmo.

No intervalo, o treinador teve a intenção de dar equilíbrio ao time e tirou Diogo escalando para o seu lugar Marlos. Teoricamente perfeita a alteração, produzindo bons efeitos por alguns minutos. O adversário já estava ensaiando uma reação tímida, que cresceu depois da saída de Pedro Ken e Caíco. O Coritiba fez mais um gol, os nordestinos outro e a coisa ficou perigosa.

Acredito que a intenção de René Simões era dar fôlego novo ao meio de campo. Mas a prática muitas vezes é diferente da teoria. O bom é que o Coritiba levou a vitória até o fim, mas levou um susto.

O crescimento que estamos observando no Coritiba tem muito da personalidade do seu treinador. Não apenas pelo aspecto tático e pelo empenho dos jogadores. O Coritiba já tem padrão de jogo e vários dos seus atletas ganharam confiança e superaram a timidez.

No jogo de sábado, dois exemplos de participação motivacional de René Simões. As boas jogadas eram aplaudidas por ele, levantando os braços, puxando a torcida para o apoio. Antes de Caio entrar em campo para marcar o seu retorno ao Coritiba, René deu-lhe as instruções e com um gesto de carinho e confiança com as mãos em forma de concha cobriu-lhe as faces, num gesto próprio do pai que confia no filho. Para quem tem sensibilidade, uma atitude de grande significação moral.

Paraná e Atlético, zero

O técnico Pintado precisa recuperar a modéstia. As explicações depois da derrota contra o América não foram convincentes. Poupar jogadores que estão em condições físicas normais é um erro, além de ser um luxo desnecessário. Jogadores integrados ao time como titulares, jovens e esbanjando saúde. Uma derrota facilitada pela imprudência paranista.

Em Brasília, o Atlético foi derrotado pelo Botafogo, líder que dispara no Campeonato Brasileiro. O resultado foi normal diante do melhor futebol do país nos dias atuais. O Atlético ficou devendo pela ausência de qualidade técnica. E aí a culpa não é de Antonio Lopes. Os jogadores são contratados pela diretoria e colocados à disposição do técnico. Quase todos de baixa qualidade.

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