Iniciei o meu dia de ontem com uma sonora gargalhada. Como de hábito levantei, recebi a nossa Gazeta do Povo, tomei conhecimento das principais notícias e fui direto para o caderno de esportes. No rodapé da capa uma notícia de causar espanto: "Petraglia volta a pedir união pela Copa". A manchete não causaria nenhum espanto se o autor do "pedido" fosse outra pessoa, mas vindo de Mário Celso Petraglia, confesso, é só rindo gostosamente. Todos sabem que o grande causador da desunião do Clube Atlético Paranaense e responsável direto pela atual crise é exatamente o senhor dos deuses da Baixada.
Defenestrou todos os que pudessem representar sombra, mesmo que tímida, na estrutura político-administrativa do Rubro-Negro. Concluída a primeira parte da Arena obra que sempre elogiei, sem outras intenções , Petraglia tratou de afastar do clube inúmeros atleticanos para poder reinar absoluto. Faz poucos dias, figuras ilustres da Baixada fizeram manifestação de apoio ao clube pedindo apoio à equipe que já estava sucumbindo entre os prováveis rebaixados. Foi o suficiente para Petraglia atacar todos, chegando ao ponto de chamar o presidente campeão do Brasil em 2001, Marcos Coelho, de rainha da Inglaterra.
O mentor político do movimento que levou o governador paranaense a indicar à CBF o Estádio Joaquim Américo como o local ideal para sediar a Copa do Mundo em 2014, o deputado Nelson Justus, sofreu (?) as conseqüências por reclamar da situação desastrosa do futebol do Atlético no Campeonato Brasileiro. Sem ter a humildade de reconhecer as aberrações que praticou na condução do Rubro-Negro na competição nacional, MCP tratou de baixar a lenha em Justus, praticando contra ele uma grande injustiça.
Ainda está fresca a declaração de Petraglia chamando o presidente da Federação Paranaense de Futebol de idiota.
Mário Celso Petraglia não tem condições, quaisquer, para falar em união. Sabidamente é um desagregador e faz qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Até mesmo tentar destroçar a liberdade de expressão, sem o menor respeito aos princípios constitucionais.
Os jornalistas sofrem para cobrir as atividades do Atlético. Os repórteres não podem trabalhar no interior do CT e a Rádio Transamérica não dispõe de local adequado, como as demais emissoras, para transmitir os jogos no Joaquim Américo, tudo por obra de Petraglia, obediente ao velho ditado: "Faça o que eu digo, mas não faça o que faço". União com esse comportamento é impossível.
Agradeço a homenagem
O deputado Ney Leprevost propôs e o plenário da Assembléia Legislativa do Paraná aprovou Votos de Louvor e Congratulações a este colunista. O jovem deputado justifica sua iniciativa por minha atuação como jornalista e político. E acrescenta Leprevost: "trabalho pautado numa nova sociedade, baseado sobretudo na justiça social, a começar pela educação de qualidade e universal".
Sou gratíssimo pela manifestação do Poder Legislativo do Paraná que me acolheu por oito anos como deputado e ao deputado renovador que é Ney Leprevost. Agradeço, mas apenas cumpro o meu dever de cidadão.
airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br
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