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Os lamentáveis episódios que estão se repetindo no Paraná Clube podem causar o previsível. O encolhimento crescente da instituição até o divisor da vida e da morte do clube que nasceu forte e assim permaneceu por poucos anos e vem enfrentando dificuldades cada vez mais preocupantes. No final do ano passado, os jogadores do clube, por falta de pagamento dos salários e dos direitos de imagem, decretaram estado de greve. Situação que tornou pública a miserabilidade das finanças paranistas.

Foi feita a eleição sucessória e promessas generosas embalaram a campanha dos vencedores. Nem precisaria tanto. O único adversário político não tinha suporte eleitoral e disputou a presidência, penso eu, para despertar os poderes do clube. Não adiantou o seu esforço. Criou-se, então, a ideia de que o in­­ferno seria substituído pelo paraíso. Nada disso. A situação financeira continua precária, o time de fu­­tebol é limitadíssimo e até o estado de greve voltou e ocorreu na última segunda-feira. Na administração do Paraná estão empresários de sucesso profissional. E o que fazem para salvar da derrocada o Tricolor?

Ou não estão cumprindo o que prometeram na campanha eleitoral, e isso é óbvio, ou perderam o entusiasmo pelo clube ou, ainda, entregaram os pontos e bateram em retirada. O que nenhum dos eleitos pode alegar é desconhecimento da realidade do Paraná. Que tal colocar a verdade nua e crua ao alcance dos sócios e torcedores? Ou, fazer uma confissão pública da falta de competência para tentar resolver tantos problemas?

Por favor, entendam que a torcida é movida pelos resultados do time de futebol e êxito administrativo. Não é indiferente.

Vira-lata

A expressão é secular. Não foi inventada pelo notável Nelson Rodrigues e sim usada no contexto de um de seus magistrais artigos. O que dizem os dicionários.

Caldas Aulete: cão sem raça, sem dono, que vive nas ruas procurando alimentos nas latas de lixo. Fi­­gurativamente significa um sujeito reles, indivíduo desclassificado.

Aurélio: cão que não é de raça.

Houaiss: cão sem raça definida

Arrependimento

Recebo do procurador do STJD mensagem eletrônica pedindo perdão pelo uso da expressão vira-lata no julgamento do recurso do Coritiba, referindo-se aos paranaenses em geral. Afirma que sempre agiu com rigor em outros julgamentos e que não foi demitido pelo governador do estado por desídia, valendo-se de uma declaração encomendada ao ex-presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde.

Embargos declaratórios

Estão lembrados do jogo que o Coritiba fez em Cascavel contra o Santos, no último Campeo­­nato Brasileiro? O Coritiba foi pu­­nido com a perda de um mando por episódios no Atle­­tiba da Baixada, recorreu e foi absolvido. Pagou por um pecado que não cometeu. Nos em­­bargos declaratórios protocolados pelo Prof. René Dot­­ti no STJD, o jurista paranaense pede, dentre outras decisões, que aquela punição de um jogo seja revertida para reduzir para 9 o número de perdas de mando no próximo Brasileiro. Pon­­to para os advogados do Coriti­­ba, Dotti à frente.

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