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Quando o analista crítico faz observações severas sobre as mais diversas realidades, não falta quem diga que há exagero de quem está falando. Existem pessoas que preferem o elogio mentiroso do que a verdade nua e crua. Analista não deve agradar pelo deleite de ser bonzinho ou para satisfazer amigos. O crítico corre permanentemente o risco de ser hostilizado, quando não injustiçado. O bajulador agrada poucos e falta com a verdade para a grande maioria.

As péssimas campanhas de Atlético e Coritiba na Série A já eram esperadas, previstas durante todos os meses deste ano, principalmente depois do início do frágil Campeonato Paranaense. Os dirigentes não acreditaram. O Coritiba ainda apostou em Marcelinho Paraíba, mas uma andorinha não faz verão.

O Atlético imaginou operar um grande milagre. Transformar o time perdedor do último Brasileiro em sensação do atual campeonato. Está passando uma vergonha que ultrapassa os limites. Um time fraco, apático e sem inspiração. As derrotas do Coritiba e do Atlético sábado e ontem, respectivamente, foram degradantes.

Cada um jogou 12 pontos e ganhou somente um. Miseravelmente pouco. E não dão esperanças de crescimento, por menor que seja. Estamos abatidos e envergonhados pelo que vemos em campo.

Sem surpresa

A confirmação de Curitiba para a Copa do Mundo não causou alegria exagerada nos curitibanos. Pouca gente foi às ruas. Já se sabia que faltava apenas a formalização de algo decidido há algum tempo. Curitiba é uma cidade especial, para mim a melhor do Brasil. Nasci, cresci e consolidei minha vida aqui, com muito orgulho e sem nenhum desejo de habitar outro lugar. Quando deputado federal constituinte morei parcialmente em Brasília e senti muita frustração. Agora vamos cobrar o cumprimento das promessas públicas e tudo limpamente, sem corrupção. Aviso importante: já tem morador da Avenida Getúlio Vargas com medo de desapropriações por valores injustos.

Hélio, uma lenda

Poderia dizer que Hélio Alves morreu de tristeza ao contemplar o péssimo futebol do Paraná dos dias atuais. Mas com certeza essa tristeza foi amplificada pela doença que o estava debilitando. Uma figura lendária. Pelo bom- humor, pela garra, pela lealdade aos amigos, pelo trabalho determinado e pela irrenunciável vontade de vencer. Foi assim por onde passou.

Deixa em mim uma grande saudade. "A saudade do caboclinho que subiu a Serra e veio buscar a glória em Curitiba", como gostava de repetir o que escrevi certa feita sobre sua personalidade.

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