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Normalmente recebo com reserva acusações contra as arbitragens de futebol. Mas o que vi ontem na Vila Capanema me fez ficar ruborizado, envergonhado pelo baixo nível da atuação do Gaciba na derrota do Paraná. Gaciba ganhou o jogo para o São Paulo. O pênalti marcado não existiu. O goleiro Marcos Leandro não cometeu falta em Aloísio, que, matreiro, jogou-se ao chão. Pênalti só na interpretação do juiz. No fim do jogo Gaciba anula gol legítimo do zagueiro Luis Henrique e consagra a incompetência para derrotar os paranistas. Dois erros em lances decisivos. Não é para a posição de Gaciba, árbitro Fifa e muito prestigiado pela CBF. E o Paraná como fica? Perdeu o jogo, a liderança e a invencibilidade. Formalmente perdeu do São Paulo. Na prática, foi derrotado pelo vexame da arbitragem. O jogo não foi bom, frio como a temperatura. São Paulo e Paraná só não erraram mais do que o desastrado árbitro.

Só Gionédis resiste!

No Alto da Glória a torcida voltou a pedir a saída de Gionédis, Macuglia e a atacar o time de futebol. Tudo por conta da derrota contra o São Caetano. Mais do que perder em campo o Coritiba perdeu a torcida, que tem sido a sustentação da equipe. É normal censurar os torcedores que vaiam. Os dirigentes chegam a recomendar que quem quer vaiar que fique fora do estádio.

Mas ver o Coritiba jogar o futebol de sábado, não dá.

De quem é a culpa? Do treinador, dos jogadores, da diretoria?

Para ser justa, a resposta precisa englobar os três, com maior peso para a diretoria. Foi dela a iniciativa de contratar os jogadores colocados à disposição do treinador. Contratações em quantidade. A qualidade passou a ser um pequeno detalhe. Neste campeonato o Coritiba já usou quase três times. Como alcançar a necessária harmonia entre todos e aperfeiçoar a feição tática da equipe? Impossível.

Hoje, não se sabe qual é a base da equipe. Quem é titular, reserva e em condições de subir. Culpa do treinador? Qualquer contratação que o Coritiba faz tem o poder de resolver o problema de determinada posição. Teoria. O técnico fica emparedado. Ao não escalar o novo contratado está deixando de usar um reforço. Diogo, apontado como solução, estreou contra o São Caetano. Não agradou. Jogou pouco e não considero correto levá-lo ao sacrifício do rigor de um julgamento sumário. O problema é que o Coritiba não tem condições de suportar um largo prazo de espera. A pressão é muito forte.

No Coritiba só existe uma pessoa capaz de suportá-la, impassível e distante da realidade: o presidente alviverde. Enquanto o time é o décimo segundo colocado da Série B, Gionédis sonha com um novo estádio. Pode ser até o interditado Pinheirão. É um verdadeiro "topa-tudo" por ambição.

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