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Ricardo Rocha marca de perto o argentino Caniggia | João Bruschz/ Gazeta do Povo
Ricardo Rocha marca de perto o argentino Caniggia| Foto: João Bruschz/ Gazeta do Povo

Hoje é dia de amistoso de gala. A Inglaterra, país inventor do futebol, contra o Brasil, nação que corrompeu o esporte. Tudo isso às 16 horas, no evento de reinauguração do Maracan㠖 ou aquilo que já foi o maior do mundo, casa do Santos de Pelé, Flamengo de Zico, morada dos geraldinos, e se transformou em uma arena moderníssima igual a qualquer outra.

Mas deixemos isso de lado. E aproveitemos o ensejo para relembrar outro confronto amigável. Era o comecinho dos anos 90 e o futebol paranaense vivia à margem dos grandes acontecimentos – como sempre, com raras exceções.

Apesar disso, graças a uma trama da mais alta periculosidade, liderada, claro, por Onaireves Nilo Rolim de Moura, então presidente da FPF, conseguimos descolar um Brasil x Argentina. Marcado para o Pinheirão, evidentemente.

E com um detalhe. Sempre que a seleção aportava por aqui, um jogador da quebrada ganhava reconhecimento repentino lá no escritório da Rua da Alfândega, sede da CBF, cravada no centrão do Rio. Não que os atletas não merecessem a convocatória. Mas, sabe como é...

Desta vez, o escolhido foi o volante Valdir. Também chamado por Valdirzinho, ou Valdir Mongol, o camisa 5 do Atlético desembarcou na Baixada numa daquelas transações incríveis pelo presidente José Carlos Farinhaque, direto da saudosa Platinense, de Santo Antônio da Platina.

Assim, na quarta-feira, dia 26 de junho de 1991, todos os caminhos levavam ao Tarumã, naquela época um bairro a 20 mil léguas submarinas do centro da capital. Jogo à noite, iluminação de boate, clima lúgubre para o encontro das duas maiores rivalidades do futebol mundial.

A Alviceleste contava com figuras proeminentes. Casos do goleiro Goycoechea, pegador de pênaltis destaque da Copa da Itália, um ano antes, os malvados Ruggieri e Simeone, além dos atacantes Batistuta e Caniggia (aquele). O Brasil, comandado por Falcão, mantinha a base do Mundial com algumas novidades, como Ricardo Rocha, Neto, Renato Gaúcho e João Paulo entre os titulares.

Pois foi Caniggia (aquele) quem abriu o placar, após uma quizumba na defensiva canarinho. E o caldo ia entornando até que o árbitro Wilson Carlos dos Santos anotou um pênalti (pênalte, em curitibanês) muito conveniente. Neto cobrou com categoria e deu números finais ao jogo: 1 a 1.

O que acontecia na época

Há quem diga que 1991 foi ano mais profícuo da história do rock mundial. É uma afirmação interessante. Nesta data foi lançado o disco que mudou completamente o cenário da música: Nevermind, do Nirvana. E ainda Blood Sugar Sex Magik (Red Hot Chili Peppers), Achtung Baby (U2), Metallica (album preto), Arise (Sepultura), Ten (Pearl Jam), Badmotorfinger (Soundgarden), Out of Time (R.E.M.), entre outros. Como contraponto, o Engenheiros do Hawaii lançou Várias Variáveis.

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