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 | João Bruschz/ Gazeta do Povo
| Foto: João Bruschz/ Gazeta do Povo
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O que acontecia na época

Em 1997 estreou Titanic e os cinemas foram inundados pelas lágrimas das garotas românticas, inconsoláveis pelo desfecho trágico do casal Jack e Rose, interpretados por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Até aí, tudo bem. A bronca mesmo foi aguentar o tema do blockbuster de James Cameron, "My heart will go on", na voz da canadense Celine Dion.

O Atlético entra em campo hoje, às 18h30, diante do Fluminense. No Moacyrzão, em Macaé-RJ, o Rubro-Negro volta ao convívio da elite, depois de uma temporada na pindaíba da Segundona.

Será um ano atípico para o Furacão, ainda sem a Baixada, em obras para a Copa do Mundo de 2014. Cenário idêntico ao de 1997, quando a equipe também não contava com o bafo quente do Caldeirão do Diabo – naquela oportunidade, a Arena estava sendo erguida.

Jogando no Pinheirão – aquele estádio que, vocês sabem, foi construído sobre um cemitério indígena – o Rubro-Negro estreou diante da gloriosa representação do União São João de Araras, clube de origem do lateral-esquerdo Roberto Carlos, um dos jogadores mais humildes de todos os tempos, se não o mais.

O Atlético vinha de uma campanha trepidante na edição anterior, quando alcançou o quarto lugar logo na temporada de retorno à Primeira Divisão. Surpresa, em boa parte, graças ao desempenho de Oséas e Paulo Rink.

Um ano mais tarde, entretanto, a dupla sensação negociava sua saída e estava ausente – Rink acabou se mandando para o Bayern Leverkusen, Oséas para o Palmeiras. O time comandado por Abel Braga teria de se virar com outras artimanhas. Acabou encontrando dois meias de nome composto que deram conta do recado: Alex Oliveira e Luizinho Vieira.

Bola rolando no gramado do Tarumã no domingo 6 de julho e as duas equipes passaram a judiar da bola com gosto. O único lance de emoção foi acontecer apenas poucos minutos antes da turma descer para degustar um isotônico no vestiário.

46 minutos jogados, bola alçada na área paulista, o zagueiro Wilson cabeceou, Adinan (que não é nome de goleiro) rebateu mal, e Leonardo Bell (que não é sobrenome de zagueiro) tocou para o fundo das redes: 1 a 0.

O segundo tempo seguiu na mesma toada, sem brilho técnico algum. O Rubro-Negro tentava ampliar, sem sucesso. E quando o cronômetro já ultrapassara os 40 minutos, Abelão passou a urrar próximo da lateral clamando pelo apito final.

O mais roots dos treinadores brasileiros não sabia que outro gol atleticano estava em gestação. E veio ao mundo aos 47. Jorginho, apelidado Pé Murcho, aliviou a barra geral e consolidou a largada triunfante da Furacão no Nacional: 2 a 0.

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