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| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Você deve estar se perguntando... "como assim ‘lembra desse jogo’ se não há bola nenhuma na foto, nem mesmo um registro do chamado ballet do esporte?". Tem razão. Mas vamos quebrar a rotina desta vez – sempre é válido e no relacionamento é especialmente indicado pelos especialistas.

O clique revela a torcida do Coritiba festejando o tricampeonato paranaense dos anos 70. A turma não esperou nem o término do jogo decisivo lá na Vila Maria, em Bandeirantes – 1 a 0 para o Coxa, gol de Zé Roberto, vencendo o goleiro Geraldo e chutando em diagonal –, para evoluir pelas ruas da capital, celebrando o título de 73 na calada da noite de 8 de agosto.

Repare como eram diferentes os festejos naquela época. A começar pela ausência de aparato policial ostensivo. Não há escopetas, revólveres, metralhadoras, algemas, sprays de pimenta, escudos e cassetetes para assegurar o clima de perfeita harmonia entre os povos.

Tratamos também de um tempo pré-Tubão e as manifestações populares eram embaladas por um chopinho inocente. E daquele jeito: quanto mais gente, mais espuma, menos líquido. Nada que pudesse comprometer seriamente os sentidos.

No mais, coxas-brancas de todas as linhagens, bandeiras "tremulejando" livremente e uma marotagem na faixa. A saudação aos "campeões do povo" ganhou um oportuno "tri" improvisado.

A festa seguiu pela madrugada, sem qualquer ocorrência, e ganhou um segundo tempo no dia seguinte, quando os campeões concluíram, finalmente, a viagem de ônibus de volta do interior do estado.

O que acontecia na época

• Em julho, o cinema e as artes marciais perdiam Bruce Lee (foto), o lutador mais icônico de todos os tempos, morto com apenas 32 anos. Quase 40 anos depois, ninguém esquece dos combates e do terrível Bolo Yeung em "Operação Dragão". Além deste, o último, Lee lançou outros quatro filmes.

• A turma que curtia música para expandir as portas da percepção estava em festa com os lançamentos de The Dark Side of the Moon, o álbum que se tornaria o maior clássico dos ingleses do Pink Floyd, e Krig-Ha-Bandolo, o primeiro de Raul Seixas.

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