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João Antônio, do Atlético, em lance do jogo na Baixada | Arquivo/ Gazeta do Povo
João Antônio, do Atlético, em lance do jogo na Baixada| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

O que acontecia na época...

3 de outubro: A véspera da partida entre Atlético e Londrina reservou o desfecho do chamado "julgamento do século". Depois de 372 dias, o júri decidiu absolver o ex-astro do futebol americano e ator O. J. Simpson (foto), acusado de matar a ex-mulher e um amigo dela. Estima-se que 20 milhões de pessoas acompanharam o julgamento pela televisão. Na época, o momento do anúncio do veredicto representou um recorde de audiência, superando a chegada do homem à Lua. Em 2008, no entanto, Simpson não teve a mesma sorte e acabou condenado a 33 anos de prisão por ter roubado e sequestrado dois vendedores de artigos esportivos em um hotel em Las Vegas.

Atlético e Londrina concentram as atenções neste segundo turno do Paranaense. Há 18 anos, no entanto, o embate entre as duas equipes extrapolava os limites da disputa regional. Em 1995, foram dois duelos válidos pela segunda fase da Série B do Campeonato Brasileiro.

O primeiro deles ocorreu em 4 de outubro, no Joaquim Américo. O panorama era todo favorável ao Rubro-Negro. A equipe do técnico Zequinha ostentava a melhor campanha da competição e quase dois meses de invencibilidade.

Além disso, na bagagem atleticana estava a empolgação por uma vitória heróica diante do Novorizontino na rodada anterior. Fora de casa, a equipe perdia por 2 a 0, mas conseguiu a virada e mais uma vitória no torneio. Já o Tubarão ainda guardava na lembrança uma decepcionante derrota em casa para o Mogi Mirim.

Para completar o cenário ideal, a partida marcava o reencontro do Furacão com a torcida depois de pouco mais de duas semanas com compromissos longe de Curitiba. Ao fim de 90 minutos, festa da torcida rubro-negra, certo? Nem tanto...

O atacante Paulo Rink, hoje vereador, não pôde jogar – não porque foi barrado pela diretoria, como ocorreu nesta semana, mas sim por cumprir suspensão por causa do terceiro cartão amarelo. Com isso, a responsabilidade pelos gols do Atlético ficou com Oséas e suas inesquecíveis trancinhas.

Quem balançou a rede foi mesmo Óseas, mas o do Londrina. O homônimo versão Tubarão deixou o LEC em vantagem ainda no primeiro tempo: recebeu livre na entrada da área, driblou duas vezes o goleiro Ricardo Pinto e marcou.

Os minutos passavam e o Atlético "encantador" da Série B estava irreconhecível. João Antônio e Washington pouco conseguiam criar e o ferrolho londrinense funcionava. O respiro veio apenas na etapa final em um lance polêmico que prova que não é de hoje que o time do Norte anda insatisfeito com a arbitragem.

Escanteio para o Furacão, o zagueiro Jean dividiu a bola com o goleiro Zé Humberto e a bola sobrou limpa para Oséas (agora sim o certo) fazer o gol dos donos da casa. Os atletas do Londrina partiram para cima do árbitro José Carlos Marcondes para reclamar de falta em cima do arqueiro, mas de nada adiantou. Gol validado e placar final de 1 a 1.

Diante do surpreendente Tubarão, o torcedor atleticano – que depois comemoraria o título da Segundona – saiu do Joaquim Américo comemorando o empate.

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