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Até a pé nós iremos... O imortal achado do Lupicínio Rodrigues talvez tenha sido a causa da surra de criar bicho que o Grêmio levou do Paranito no repugnante gramado do Burrão dos Ventos Uivantes na maravilhosa tarde de ontem – azul, outonal.

Cada enxadada, um, dois, três, quatro, cinco minhocões! O Paraná estava impossível apesar das radicais mudanças: sete caras novas na equipe campeã do ignominioso ano em que não veremos o Atletiba. Olê, olá, o clube das Vilas está botando pra quebrar.

E o Grêmio? Bah, tchê. Dia pra esquecer, pra varrer da memória. Todas as suas falhas – pequenas, médias, grandes – foram bem aproveitadas pelo Paranito. Todas as suas jogadas bem tramadas pararam no Flávio. O que fazer?

E meu amichielo Flávio? Melhora a cada dez minutos. E todo jogo aumento, dobro a aposta: é o melhor keeper do Brasil. Agora com versão Hitchcock.

Yes, quando o pessoal boceja, o Émerson atrasa mal e ele não isola a bola; dribla, sai pro jogo, pro limpo, pra delírio da galera e desespero dos homens de pouca fé. Aleluia.

Embalos do sábado a noite

E o Maracanã? O ex-maior estádio do mundo reaberto com reformas inacabadas. Bem Brasil. Por que velhos erros com tantos erros novos para cometer? Navegantes: bola na mão não é hands mesmo com braço estendido. Mão na bola é hands mesmo com ele encolhido. Telegraficamente, mão na bola, sim; bola na mão, não. À maneira do suicida, na bola ok na mão não.

– Moral? Árbitro errou no penal perdido pelo Dodô no início dos embalos do sábado à noite na ex-corte, ex-capital da república, ex-cidade maravilhosa, ex-cidade, ex, ex.

Lopes, a decepção: armou burra barreira, não segurou o shoot, gol. Tentou adivinhar o canto, errou; gol. Peneira não é barreira, é besteira. Penal não é sorte é cabeça.

– Espelho, espelho meu, para que servem todos os treinadores do mundo se no mundo todo todos os goleiros fazem tudo sempre igual e errado o tempo todo, todo o tempo?

– Quantos séculos repetirei as banalidades do 3.º parágrafo? Escrevo em grego para tribos do Amazonas? Que humanidade! Incapaz de aprender com os erros dos outros! Incapaz de aprender com os próprios erros! INCAPAZ DE APRENDER! INCAPAZ!

Tem certos dias em que penso em minha gente e sinto assim todo meu peito se apertar, porque parece que acontece de repente como um desejo de viver sem me notar... é gente humilde que vontade de chorar. E sinto ímpetos de me demitir da humanidade, de me transformar em hidrante de recalque na zona do Parolin ou fugaz e rubra lâmpada na frente do último bordel de beira de estrada.

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