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Quem jogou bem no Brasil? Dida, Juan, mais ninguém. Quem jogou mal na França? Ninguém. Um a zero foi pouco.

França: cabeça (Zidane); tronco (Thuram-Vieira-Zidane-Henry); membros (Moulada-Ribery-etc); Brasil, sem cabeça, sem tronco, só membros. Um a zero foi pouco.

Parreira excedeu-se: colocou Juninho mas conservou o burrocrático (sic) quadrado! R. Gaúcho enfiado, ao lado do Fenômeno? Cabo de esquadra não faria tamanha besteira.

Parreira bateu seu próprio recorde: tirou Juninho, voltou ao burrocrático quadrado com o Adriano quando o mundo esperava Robinho.

O óbvio, o ululante! A França nos dominou porque sempre teve pelo menos um homem a mais no meio-campo: no mínimo sete x seis no máximo. Um a zero foi pouco.

Não choremos pela seleção do Parreira-Zagallo; ela não vale sequer uma lágrima de crocodilo – ela vai pra vala comum, pois não vale uma vela.

A seleção de 82 ao menos jogava bonito; a de 2006 não jogou nada, não jogou, exceto contra o Japão. A de 82 era bonitinha, mas ordinária; a de 2006 é ordinária somente.

England-Portugal, a chatice 90 quadros por segundo. Temor&tremor, muita cautela, muito caldo de galinha: hora de defender, defender; hora de atacar, devagar, a parar: 120 minutos, nenhuma oportunidade de gol. Bye-bye, England, leão de circo mambembe, de passeio público.

Que faz o Felipão à beira do campo? 99,99% transpiração, 99% reclamação, 99,99% vaidade&aflição de espírito, 0,01% instrução... não ouvida e/ou entendida.

Do pênalti

Uma vez mais: penal bem batido é indefensável mesmo que o goleiro adivinhe o canto; penais mal batidos são defensáveis! Com uma condição: o goleiro não deve tentar adivinhar o canto.

Por quê?

– Elementar, Watson; siga o raciocínio: se o goleiro adivinhar, ok, mas seria ok mesmo que não tentasse adivinhar, certo? E se o goleiro não adivinhar? Deixará de defender uma bola fácil, não? Logo... Por outras palavras: pode adivinhar ou não; se adivinhar (= 1/3) ok; se não adivinhar (= 2/3) horror; logo, nada de adivinhação, pois ao ir na boa apanhará 100% dos penais mal executados.

– Temos exemplos à mão, fresquinhos, saídos do forno: o português defendeu três penais mal chutados porque ficou no meio do gol, foi na bola, na boa; o inglês tentou adivinhar, deslocou-se totalmente, não pegou nada. QED! Quod erat demonstrandum. Em vernáculo, "o que se tinha de demonstrar".

– Atenção! Exceto com paradinha, ninguém desloca o goleiro; é ele que se desloca, sacou?

(Essa nota é dedicada ao Tataio Bettega e ao chapinha Flávio, grande keeper do Paranito.)

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