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No papel, o equilíbrio entre ataque-defesa é o cinco-cinco: cinco avantes e cinco zagueiros. Atenção! As tarefas de atacar e defender cabem a todos, a uns mais que aos outros.

Para enfrentar o Náutico, que está pela bola sete, na eminência de cair pra Segunda Divisão pernambucana, o Coritiba entrou em campo na quarta-feira com seis zagueiros: para se fechar, para se defender, para blindar sua meta. Deu no que deu: 0 a 2. (Não adianta trocar o treinador.)

Aqui entre nós, foi pouco. Se o Náutico tivesse inteligência, lucidez, simplesmente arrasaria, porque jogou 32 minutos do segundo tempo com homem a mais e quase dez com dois homens a mais! E fez apenas um gol. A propósito.

– Como se joga com homem a mais?

– Elementar, meu caro Watson: você se espalha em campo e dá no máximo dois toques – velocidade e precisão. Assim você chega à área facilmente e facilmente cria situações de chute, de gol. Claro, nada de centrões, de bicos, de jogar a bola na área. Nada também de conduzi-la, de muitos dribles, de arriscadas ações individuais, muito menos de chutes de longa distância, a suprema estupidez. Enfim, o exato oposto do que fez o Náutico nos Aflitos para sorte do Coritiba. (Trocar o treinador é trocar seis por meia dúzia.)

Olha, não vou exagerar: essa equipe do Coritiba é bem ruinzinha. E a rapaziada parece não gostar do número 11 – que novo preconceito é esse? Jogo sim, jogo também tem gente expulsa de campo. Ora, se com 11 a coisa já fica preta, imagine com 10. (Ao invés de trocar o treinador não seria melhor jogar os 90 minutos com o ballet completo?)

Sem alarmismo: temo pelo futuro do clube na Segunda Divisão do Nacional. Nesse ano serão apenas 20 e caem quatro (de quatro?).

Com esse grupo de jogadores, talvez o Coritiba não caia no ridículo da Terceira Divisão, mas dificilmente voltará à Primeira.

Outra coisa: se os meninos (Henrique, Renan, Pedro, etc.) não têm futebol para ser titular nessa turma então não têm futebol pra ser titular de turma alguma. E o melhor será seguir o velho, bom conselho: dar sal e soltar no pasto. Agora, se eles têm futebol, qual o problema? Por que não são efetivados? Não estão maduros? Ora, jogador amadurece longe do pé, em campo, a jogar. O resto é silêncio. Ou bobagem.

P.S.Convém avisar ao jovem Henrique que no futebol os jogadores jogam e o árbitro apita o jogo. Ora, o Henrique é jogador, não? Logo, deve jogar e não querer apitar o jogo como tentou fazer no Recife, especialmente no segundo gol do Náutico. Quando parou a pedir impedimento...

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