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O Atlético tem a sua força telúrica graças ao manto sagrado vermelho corado com o preto, a mais sombria de todas as cores. O vermelho cor de sangue com o preto cor do ébano. É o conjunto expressivo de cores que magnetiza o torcedor, provocando-lhe encanto, fascinação e pura magia.

O emblema do Atlético foi desenhado desde o começo pelas três letras iniciais do seu nome: CAP. As letras estilizadas em monograma na cor branca foram gravadas à altura do coração, caracterizando uma insígnia forte para um clube de paixões arrebatadoras. O escudo modernizou-se nos últimos anos, tornando-se redondo com destaque à data de fundação, exaltando a tradição que mantém a sua ligação com o tempo estampado em todos os produtos vendidos nas lojas.

"A camisa rubro-negra só se veste por amor" diz o hino oficial cantado pelos torcedores nas arquibancadas e nos momentos solenes. A camisa com listras horizontais despediu-se na volta olímpica no Pinheirão após a conquista do título de 1988, pois logo em seguida, no Campeonato Brasileiro, foi apresentado o novo figurino com as listras no sentido vertical. O manto vermelho que viceja com o preto que poreja continua preservado tanto quanto a bandeira que tremula no mastro é sacudida nas arquibancadas ou enrolada no próprio corpo do torcedor apaixonado.

O Cartola é o seu símbolo mais antigo e vem desde a fusão do América com o Internacional, clubes que reuniam a nata da sociedade curitibana do começo do século passado. Época em que políticos, empresários e homens de destaque usavam polainas, fraque, cartola, piscinê e piteira. Davam-se aos clubes que nasciam na elite o apelido de "Pó de Arroz" – e aqui o novo clube foi timbrado pela imprensa como o Cartola. Mesmo com as transformações da vida, da moda e do cotidiano das pessoas, o Cartola foi preservado como um sub produto da simbologia atleticana.

Ao adotarem animais totêmicos como símbolos visuais para agradar seus adeptos, tornaram-se populares galos, leões, porcos, águias, gralhas e urubus, que invadiram o futebol brasileiro assim como mosqueteiros, fantasmas e idosos simpáticos consagrados pelas torcidas. O Atlético encontrou na força da natureza o seu símbolo de poder: o Furacão. Homenagem que foi prestada ao imortal time campeão de 1949.

Durante a comemoração do título de 1945, o repentista gaúcho José Cibelli improvisou os primeiros versos do que viria a ser o famoso hino com letra definitiva de Zinder Lins e música do maestro Genésio Ramalho, ambos ex-jogadores do clube.

A Baixada nutre a relva sagrada onde estão depositados os sonhos e as realizações dos homens que ajudaram a construção do gigante, escrevendo a legenda que arrebata as multidões através dos tempos. A moderníssima Arena da Baixada é o grande templo da paixão atleticana que festeja 90 anos esta noite.

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