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Com todas as dúvidas e preocupações geradas pelos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, com diversas obras inacabadas ou prazos descumpridos, a Fifa aguarda a resposta brasileira para a realização da Copa do Mundo de 2014. Parece que está distante, mas para organizar evento da magnitude de uma Copa do Mundo oito anos não são nada.

As dúvidas começam quando a CBF se arvora no direito de criar a comissão organizadora do Mundial em contraste com o governo federal, que tem sido criticado pelas mais diversas mazelas. Essa crise dos controladores de vôo e o abandono dos passageiros nos aeroportos, representa apenas mais um capítulo na triste história recente de desrespeito a população do país.

Tempos, portanto, um problema: Quem vai se responsabilizar pela Copa do Mundo no Brasil?

O povo deseja que ela seja realizada e a seleção brasileira construiu uma história de sucessos que merece o prêmio de jogar em casa depois de 64 anos. Mas como fazer?

O caderno de encargos é enorme, envolvendo obras de infra-estrutura em aeroportos, estradas, ferrovias, metrôs, hotéis, estádios, sem esquecer, é claro, da segurança para os atletas e torcedores dos mais diversos países.

É bom lembrar que o futebol já é um dos maiores negócios do planeta e caminha para crescer ainda mais. Pena que o Brasil continue na contramão, atuando apenas como exportador de talentos sem nenhuma preocupação em recuperar os clubes, os estádios e, sobretudo, entrar, de uma vez por todas, no grande bolo de faturamento que envolve os principais clubes europeus.

Enquanto o mundo moderno encara o futebol como extraordinário business, por aqui a esmagadora maioria de quem decide – empresariado, inteligentzia que ama Fidel e tem chiliques por Chávez – vê o futebol com estudado desprezo e à distância da malta.

Esta, a malta, cada vez menos vai aos estádios enquanto a mesma dúzia de espertos de sempre ganha dinheiro. Muito dinheiro. Para se ter uma dimensão da grana que movimenta o mais popular esporte da raça humana, as ações de clubes ingleses, espanhóis e italianos valem tanto quanto as das maiores corporações mundiais.

Chovem investidores nos campeonatos europeus, nacionais e copas continentais, e as redes de televisão pagam cada vez mais pelo direito de transmissão. Mas o Brasil, tristemente, segue a seu modo.

Descartada a hipótese de entregar a responsabilidade a CBF, por motivos óbvios, parece evidente que se não houver uma parceria do governo federal com investidores estrangeiros, dificilmente teremos condições de assumir a responsabilidade de sediar a Copa do Mundo.

E o Brasil não deve perder esta chance, pois além da realização do sonho de milhões de brasileiros estará ganhando a oportunidade de modernizar diversos setores do país por conta do futebol.

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