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Tenso, roendo as unhas e passando instruções nervosas o tempo inteiro aos jogadores, no último pênalti desperdiçado pelo Olimpia, Cuca desabou. Ajoelhado, orando e clamando aos céus por um resultado positivo, a fé de Cuca ficará gravada na retina não só dos torcedores do Galo, mas de todos aqueles que gostam de futebol e respeitam os sentimentos dos profissionais que se envolvem de forma dramática em suas atuações.

O menino que saiu de Santa Felicidade – o bairro mais visitado de Curitiba – sofreu muito para alcançar o topo da carreira. Foram anos de desconfianças, chacotas, fama de azarado, pé-frio, perdedor, supersticioso, tudo o que se possa imaginar para intimidar um técnico foi servido pela mídia nacional para rotular Cuca.

Esqueceram-se dos eficientes trabalhos realizados em diversos clubes, inclusive com títulos ganhos, mas esqueceram, principalmente, de ressaltar a sua humildade, perseverança, seriedade, conhecimento e competência para superar inúmeros obstáculos de uma equipe irregular que viveu no fio da navalha nos últimos seis jogos da Libertadores. Tudo foi conquistado com muito sacrifício e superação, com a marca de Cuca, que finalmente pode descansar e exigir respeito por ser o novo campeão da América.

Rodada

O Paraná terá a oportunidade de aproveitar o mau momento técnico do Ceará para aproximar-se dos primeiros colocados e até mesmo entrar na zona de classificação.

Mas terá de voltar a praticar aquele futebol reluzente da semana passada, quando goleou na Vila Capanema, pois não dá para apostar no frio como aliado. Da mesma forma que os paraenses do Paysandu não se intimidaram com a baixa temperatura e deram trabalho ao Atlético, os cearenses vêm preparados para enfrentar a nossa gélida capital nesta época do ano. Depois de três meses sem vencer em casa e do sufoco para seguir em frente na Copa do Brasil, com uma atuação de muita dedicação e futebol sofrível, o Atlético pega a Portuguesa, no Canindé.

Normalmente seria uma partida propícia para somar três pontos, já que a Lusa também se encontra no rebolo, porém tudo tem sido muito confuso para o time atleticano e a luzinha que se enxerga no fim do túnel é representada por Vagner Mancini. O técnico, além de eleger Paulo Baier como titular, está tentando oxigenar o grupo. Só espero que ele não queime o jovem Éderson, como já aconteceu com tantos atacantes que foram mal avaliados no Furacão e acabaram brilhando em outros clubes.

Domingo, com frio e tudo, será noite de gala no Alto da Glória: o invicto Coxa enfrentará o Vitória, um adversário direto pelas primeiras posições. Vale a pena conferir mais um recital de Alex e seus companheiros, com destaque ao goleiro Vanderlei que tem sido excelente nas dificuldades e ao meia Robinho em plena ascensão.

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