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Cruyff dribla o goleiro argentino Carnevali, em 1974. | Arquivo/AFP
Cruyff dribla o goleiro argentino Carnevali, em 1974.| Foto: Arquivo/AFP

Há quase 90 anos nasceu na Inglaterra o sistema de jogo “WM” e se produziu a primeira grande revolução no futebol.

Até 1925, a regra 11, do offside, abrasileirado para impedimento, colocava o atacante adversário em posição irregular e os times atuavam com três zagueiros. Bastava que um dos defensores se adiantasse para criar o offside.

Foi uma tática defensiva muito divulgada entre os ingleses com o nome de one back game – apenas um beque.

Quando a Fifa decidiu que era hora de dar mais agilidade ao jogo e produziu em 1925 a revolução regulamentar de baixar para dois o número de defensores que habilitavam o atacante, se renovou a tática ofensiva de resultados espetaculares.

Herbert Chapman criou o novo esquema no Arsenal londrino. Posicionou o center half – o médio – para defender como um zagueiro e abriu os dois centrais criando o beque avança e o beque espera. A figura desenhada no campo era um “WM”, nome do sistema.

No futebol brasileiro, as novidades chegaram dez anos mais tarde com a visita de Chapman. Ele ensinou Ademar Pimenta, Flávio Costa e outros como armar os times.

Na Copa de 1938 a seleção chamou atenção pela primeira vez pela distribuição dos jogadores e, sobretudo, pelo surgimento do nosso primeiro jogador fora de série: Leônidas da Silva, o inventor da bicicleta.

A segunda revolução tática foi criação do Brasil na Copa de 1958 com o sistema 4-2-4.

Inventado pelo mineiro Martín Francisco, que criou o quarto zagueiro no Vasco – Orlando, para dar cobertura ao lateral esquerdo Coronel, que não conseguia marcar sozinho Garrincha, do Botafogo.

Foi adotado pelo paulista Vicente Feola com absoluto sucesso. O recuo de Zagalo para auxiliar o meio de campo criou a variação do esquema para 4-3-3.

O sucesso verde-amarelo garantiu a conquista de três Copas e consagrou Pelé como o maior jogador de todos os tempos.

A terceira e definitiva transformação aconteceu com os holandeses comandados pelo genial Johan Cruyff na Copa de 1974.

O denominado futebol total empolgou a todos e ninguém se conformou com a derrota da Laranja Mecânica na final com a Alemanha.

Rinus Mitchell engendrou a revolução laranja executada à perfeição por Cruyff, Suurbier, Krol, Van Hannegem, Neeskens, Rep e Resenbrink.

Futebol de sonho que o Barcelona tem executado com magia, desde que Johan Cruyff implantou a ideia como jogador e, depois, como treinador do clube catalão.

O mundo futebolístico chora a morte do genial holandês.

A evolução continua e os pensadores do futebol exercitam-se diariamente com novas ideias e concepções estratégicas que são colocadas em prática por times e seleções.

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