A vez do craque

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Com poucos jogadores que merecem ser chamados de craques em atividade nas equipes brasileiras (diante da voracidade do mercado mundial na busca das nossas me­­lhores revelações), os veteranos passaram a ter grande valorização.

Optando por encerrar a carreira no país, os jogadores de renome têm contribuído para o enriquecimento técnico do futebol interno, que vinha perdendo qualidade nas últimas temporadas pela ausência de craques, somada à saída prematura dos jovens que nem bem jogam no time principal e são transferidos para o exterior.

Com o retorno de personagens como Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Fred e outros os times se encorparam e os resultados apareceram dentro de campo.

Mesmo que tenha sido um ano frustrante para a torcida coxa-branca, a contratação do experiente Marcelinho Paraíba não deixou de ser louvável para marcar o centenário.

Para se promover um exame da participação individual do jogador e a sua campanha, disputando ao mesmo tempo diversos torneios diferentes como acontece no futebol, é importante observar o nível técnico do elenco, as condições de trabalho e os efeitos provocados pelas constantes mudanças de técnicos ao longo do ano.

Neste caso, Marcelinho Paraíba atuou com três treinadores diferentes e com grupo de jogadores que sofreu diversas alterações através dos meses.

Os resultados não foram bons para o Coritiba, porém na maior parte das vezes em que atuou, Marcelinho Paraíba ficou entre os melhores em campo.

O Atlético tentou dar uma tacada com o retorno de Alex Mineiro e não foi muito feliz. Entretanto, é importante frisar que Alex Mineiro continua merecendo todo o respeito e consideração dos atleticanos, afinal foi o jogador que se destacou na maior conquista da história do clube: o título de campeão brasileiro em 2001.

Em plena forma e muito bem entrosado com Adriano, Kléber­­son, Sousa, Ilan, Adauto, Kléber Pereira e outros, Alex Mineiro compôs um dos ataques mais espetaculares da história recente do nosso futebol.

O tempo passou, ele não dispõe do mesmo vigor físico, mas o talento continua, tanto que sempre que toca na bola ela não faz barulho e encaminha-se mansamente até os pés do companheiro que recebeu o passe.

O que mais faltou ao craque na volta ao Furacão foi o acerto nas finalizações. Tivesse marcado mais alguns gols e a sua contratação teria sido plenamente justificada.

Como se trata de um jogador de técnica refinada, acima da média e contando com a excelência do CT do Caju para o recondicionamento físico desde o primeiro dia do ano, Alex Mineiro pode sim dar a volta por cima.

Só depende da sua vontade de dedicar-se integralmente ao trabalho e aproveitar o desnível técnico do Campeonato Paranaense para consagrar-se, novamente, como grande artilheiro.

Porque como ídolo e herói o seu nome esta gravado há muito tempo na galeria atleticana.