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O panorama do futebol brasileiro está se transformando para melhor. Iniciou-se com a supervalorização dos melhores jogadores que, nos últimos 20 anos, passaram a receber fortunas dos grandes clubes europeus. Período que corresponde à recuperação da seleção brasileira que, nesse tempo, disputou três finais de Copa do Mundo, vencendo duas; teve Ronaldo como o maior artilheiro dos mundiais; venceu quatro edições da Copa América; duas da Copa das Confederações; e os nossos clubes passaram a ganhar a Libertadores.

Passou pela determinação do presidente Ricardo Teixeira em manter regras firmes para o Campeonato Brasileiro, estabelecendo a fórmula por pontos corridos e, sobretudo, o fim das viradas de mesa com o rebaixamento de grandes times. O torcedor passou a acreditar no regulamento e, consequentemente, retornou em massa aos estádios, mesmo sem os craques que foram para o exterior.

Claro que o futebol brasileiro pagou o preço da nossa crônica inferioridade econômica e, por conseguinte, à debilidade de nossa moeda, fatores que nos condenam ao subalterno papel de exportadores de matérias-primas para mercados que há décadas nos vencem de goleada no campeonato cambial.

Mas parece que as coisas estão mudando. Alguns jogadores que retornaram, ainda em boa forma física e técnica, percorreram o caminho apostando nos novos tempos. Crentes na maior organização dos clubes, estabilidade do real como moeda e, sobretudo, no investimento de grandes patrocinadores no negócio chamado jogo da bola. O futebol é um dos maiores business do planeta e o Brasil consegue inserir-se na modernidade, mesmo ainda estando anos-luz atrás dos maiores centros europeus, e passando por traumas com o afastamento de cartolas que se achavam donos dos clubes – nos quais estavam encastelados há muito tempo. A derrota do "gauleiter" do Vasco da Gama, Eurico Miranda, foi a senha dos novos tempos.

Agora, com a volta das estrelas, este promete ser o melhor Brasileiro. Há tempos que os times não estavam recheados de jogadores famosos e, especialmente, goleadores que levantam as torcidas.

Os homens-gol estão aí para arrebatar e incendiar a disputa, pois gente do calibre de Ronaldo, Adriano, Kleber, Fred, Kléber Pereira, Washington, Borges, Nilmar, Keirrison, Tardelli, Alex Mineiro, Iarley; Rafael Moura; Marcelinho Paraiba; ou promessas como Maicosuel, Taison, Jonas, Ciro e Wallyson, merece respeito. Eles são a garantia dos gols, a verdadeira alegria do futebol. E como é disso que o povo gosta, o povo esta feliz com a largada do campeonato.

E começa com grandes clássicos, mesmo que alguns times ainda estejam poupando jogadores importantes para a Libertadores e a Copa do Brasil. São torneios que empolgam pelo envolvimento esportivo e comercial embarcados em seu histórico.

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