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Sem um bom gramado torna-se difícil a prática do futebol. Sem um árbitro competente torna-se impossível a prática do futebol.

Nas regras, as mudanças têm sido tímidas: a situação de impedimento foi abrandada, mas continua polêmica, o goleiro deixou de poder agarrar bola atrasada com o pé, pensa-se em bater o lateral com o pé e até mesmo no aumento do tamanho das traves.

Mas é pouco, porque nessas providências a única preocupação é propiciar mais gols, não a beleza devolvida à evolução dos jogadores no gramado.

Beleza, em futebol, exige terreno. Terreno para o lançamento, para o passe perfeito, para o drible desconsertante e conseqüente. Mas torna-se problemático quando o piso é irregular e os jogadores encontram dificuldades para executar o simples domínio da bola, como se verifica no campo de jogo do Pinheirão.

Mas a questão dos gramados é fácil de ser resolvida. Basta ter vontade de mantê-los ou recuperá-los.

Bem mais complicada é a questão da arbitragem, particularmente aqui no futebol brasileiro. Experimentamos uma das mais fracas safras de apitadores dos últimos tempos: bem fardados, histriônicos, irritadiços, porém tecnicamente medíocres. Esta é a síntese da arbitragem nacional.

E o Paraná, nosso melhor representante na atual temporada, tem sido vítima dessas duas quizílias: o péssimo estado do gramado do Pinheirão e as arbitragens desastrosas.

Na partida em que deixou escapar a liderança do campeonato, o Paraná não encontrou problema com o gramado, pois o do Morumbi é bom e bem cuidado. Em compensação, esbarrou em uma arbitragem conivente com a agressividade dos defensores do São Paulo e implacável na fiscalização sobre os jogadores paranistas.

Na partida em que tentará a reabilitação, logo mais, frente ao Juventude, o Paraná espera não ter aborrecimentos com o trio de arbitragem, já que bastam os incômodos para tentar superar as graves deficiências do campo.

Pode-se argumentar que as más condições do gramado prejudicam os dois times. Sim, é verdade, só que o Paraná joga nele como local desde o inicio do campeonato e todos não vêm a hora de voltar a Vila Capanema.

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EFABULATIVO: Quando foi técnico do Ferroviário, certa manhã, o ex-craque Pirilo perguntou ao prestativo Zé, há 50 anos administrador do estádio de Vila Capanema, onde podia encontrar uma cartomante.

Depois do treino Pirilo foi recebido pela senhora com bola de cristal, cartas e tudo o mais:

– Então o senhor deseja saber o seu futuro ?

– Não senhora. O que me interessa é o passado.

– O passado ?

– Sim. Eu quero saber onde esqueci os meus documentos...

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