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Após os fracassos da temporada passada, a torcida atleticana passou a exigir mais dos dirigentes e alimenta sonhos de conquista, apesar da perda de jogadores importantes como Marcos Aurélio e Dagoberto.

Como reforços, três ilustres conhecidos retornaram: Marcão, Rogério Correia e Alex Mineiro. Foi o suficiente para o torcedor ficar empolgado, particularmente pela volta de Alex Mineiro, um exímio fazedor de gols e que se consagrou como o mais importante jogador da história recente do clube. Autor dos gols decisivos na arrancada final da conquista do título brasileiro de 2001 – contra São Paulo, Fluminense e duas vezes diante do São Caetano – o atacante escreveu o seu nome com letras de ouro no livro sagrado dos atleticanos.

Porém, considero um equívoco achar que o Atlético possui ótimo time, tanto que por pouco não foi eliminado da Copa do Brasil e desperdiçou a chance de sair como o primeiro colocado da fase classificatória do Campeonato Paranaense.

Para superar o Vitória foi preciso chamar a torcida, reduzir o preço dos ingressos e fazer a maior pressão na Arena. O primeiro lugar geral no Estadual foi perdido nos tropeços contra Paranavaí e Rio Branco.

A propósito de domingo, tem razão o técnico Vadão ao reclamar da rispidez com que foi disputada a partida em Paranaguá. Claro que o Rio Branco desejava a vitória, pois estava em jogo a sua classificação e cabia ao árbitro coibir a violência em campo. Nada foi feito, segundo relatou o treinador que, entre outras coisas, destacou a pancadaria sofrida pelo armador Evandro.

O curioso é que apitou o jogo um dos mais conceituados árbitros do país, Heber Roberto Lopes, que, entretanto, não dá sorte com o Atlético. Ou, pelo menos, raramente o Furacão consegue ganhar com ele apitando.

E Vadão deve esquentar a cabeça para tentar acertar o posicionamento da zaga, insistentemente vulnerável pelo miolo e falha nas laterais. Ele fez de tudo um pouco, mas a defesa continua capenga, provocando intranqüilidade no goleiro Cléber. A irregularidade dos atuais alas inibe o perfeito entrosamento da equipe, sem esquecer da limitação técnica dos volantes do elenco.

Em compensação, o quadrado mágico é o seu maior trunfo para realizar os sonhos de vitória da torcida.

Ele anda feliz da vida com o rendimento de Ferreira, Evandro, Alex Mineiro e Dênis Marques. Mas não existe peça de reposição, pois Pedro Oldoni é um avante com características bem definidas e que necessita receber as bolas na área para a conclusão. Ou seja, ele não possui a mobilidade de jogadores que se adaptam ao sistema de tabelinhas, cuja eficiência por muito pouco não deu o bicampeonato nacional ao Furacão nos tempos em que o time enchia os olhos com Fernandinho, Jádson, Washington e Dagoberto.

Concluindo: vejo potencial nesse time do Atlético, mas a contratação de reforços tornou-se inevitável para a conquista de títulos.

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