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Pego carona na coluna de Tiago Recchia, genial cartunista criador dos impagáveis "Los 3 inimigos" que veio enriquecer o nosso caderno de Esportes, para abordar o momento atual da dupla Atletiba.

Enquanto o Atlético está em alta, o Coritiba está em baixa.

Mas percebo que estão fazendo tempestade em copo d’água com o Coxa. Afinal, tradicionalmente os times de futebol vivem de fases boas e más. O momento não é favorável e os novos dirigentes estão encontrando dificuldades para acertar o elenco coxa-branca e engrenar o time. Será preciso paciência, pois o mercado interno está saturado pelo excessivo número de clubes e pelo êxodo dos melhores jogadores.

Grandes clubes de São Paulo estão procurando soluções com a contratação de jogadores veteranos, já que muitos jovens também vão jogar fora do país.

Quanto à brincadeira do Tiago, através do personagem Atleticón, de que se sente acima dos concorrentes e que merece outro tratamento, recuei no tempo e estacionei na virada da década de 50 para 60, quando o Coritiba estava em alta e o Atlético afundado em graves crises.

Dono absoluto do pedaço e iniciando as obras de ampliação do estádio Belfort Duarte, falava-se na época que o Coritiba deveria disputar o Campeonato Paulista, onde encontraria adversários do mesmo nível.

Repetiu-se o fenômeno na virada da década de 60 para 70, quando o Coxa engatou a conquista de dez títulos paranaenses, mas não conseguiu decolar em termos nacionais. E há uma explicação para isso: naquele tempo, os clubes brasileiros não viviam da venda de jogadores para o exterior. Tanto é verdade que Pelé e Garrincha jogaram mais de dez anos no mesmo clube.

Portanto, todas as equipes estavam bem fortalecidas e o Campeonato Brasileiro era, efetivamente, o melhor do mundo. Seria mais ou menos como se, hoje em dia, o Flamengo contasse com Adriano, o Grêmio com Ronaldinho Gaúcho, o Vasco com Juninho, o Santos com Robinho, o São Paulo com Kaká, o Cruzeiro com Ronaldo e por aí afora.

O Atlético recuperou-se nos últimos anos e está aproveitando o seu momento, pois sabe que no futebol o que vale é a conquista de títulos.

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Efabulativo: Um jovem repórter havia chegado para trabalhar em Curitiba e fez a sua estréia na antiga Rádio Universo. Terminado o jogo, ele foi entrevistar o técnico Geraldino e o meia Nivaldo, devolvendo a transmissão para a cabine onde, o narrador Jair Junior perguntou:

– Mais algum jogador aí embaixo?

– Não, não, mais ninguém... mas o zagueiro Bianchi, o RETARDADO do Atlético, só agora vai para o vestiário.

– Não seria retardatário, meu filho?

- Se você prefere não vou discutir, Jair, pois para mim está bom...

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