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Temos, enfim, um domingo animado pelo clássico que decide o campeonato. E não é um clássico qualquer, muito pelo contrário. Estarão frente a frente, no Alto da Glória, os dois melhores times do futebol paranaense.

Pode parecer pouco, mas a culpa certamente não é minha. Se Atlético e Coritiba não conseguem confirmar essa supremacia nos torneios nacionais é porque ainda estão distantes do estágio dos concorrentes dos maiores centros.

Porém, nos últimos anos, coxas e atleticanos têm se revezado no pódio e conseguido provocar um pouco de emoção nos torcedores.

Não será diferente logo mais, quando o Coritiba jogará por um simples empate para colocar as mãos em cima da taça e, se vencer, levará o troféu do gramado para o museu histórico.

Mas o gostoso do futebol é que nem sempre as coisas acontecem como tudo leva a crer. Por isso, e talvez só por isso, diante das circunstâncias técnicas o torcedor do Atlético acredita no triunfo e na troca de mãos da liderança do campeonato.

Com uma equipe tecnicamente irregular, o Furacão tentará surpreender com alguma coisa impactante. Como se sabe, impactante é palavra que não existe nos dicionários. Mas, com perdão dos ilustres cultores da nossa língua, a última flor do Lácio, inculta e bela, os dicionários estão atrasados.

Impactante é termo comum na motivação de times de futebol, campanhas eleitorais, campanhas publicitárias, escândalos políticos e na administração pública em geral.

Sendo assim, o técnico Leandro Nieheus terá de encontrar alguma solução para melhorar o rendimento do time e causar impacto no adversário. De nada adiantará jogar bonitinho, dominar o jogo como aconteceu contra o Palmeiras e sair derrotado. A única verdade no futebol é a vitória.

Menos complicada é a posição do técnico Ney Franco, que necessitará apenas manter a estratégia que vem adotando nos jogos em casa. E, de acordo com os termos do regulamento do campeonato, todos os jogos na fase decisiva são dentro do conforto de jogar em casa.

O planejamento consiste em atacar, amassar e marcar o primeiro gol para forçar o relaxamento do sistema defensivo do time adversário.

Vem dando certo porque o Coxa conta com bons jogadores na meia-cancha e atacantes eficientes.

O que não pode acontecer é mudar a estratégia, porque o empate no clássico basta para chegar ao título na rodada final com vitória sobre o frágil Cascavel, dentro de casa.

Aí estão, em resumo, os ingredientes que temperam um grande jogo.

Um jogo que, pela tradição e a rivalidade entre as torcidas, merece ser prestigiado.

Só me preocupa a ignorância desses jovens travestidos de torcedores que aproveitam a oportunidade para extravasar suas frustrações, seus ódios e suas fraquezas. Em grupos e escudados pelas camisas dos times, se transformam em selvagens que deveriam ser afastados do convívio social.

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