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A simples menção do Atletiba servia para instigar os torcedores estabelecendo um clima de expectativa e rivalidade em torno do clássico. Hoje em dia, pelo volume excessivo de futebol na tevê, da superposição de torneios e, sobretudo, pelo nível técnico sofrível na maioria dos jogos dos campeonatos brasileiros e sul-americanos, é preciso estimular o torcedor até mesmo para clássicos históricos.

O Atletiba começa a ser turbinado não pelo valor técnico das equipes ou por atrações que possam arrastar multidões ao estádio, mas, melancolicamente, pela luta travada contra o fantasma do rebaixamento.

Enterrado na última colocação, o Coritiba tenta fazer do próximo o jogo da vida, um pouco pela necessidade de conquistar os três pontos e muito pelo efeito psicológico que pode causar na torcida um triunfo sobre o mais tradicional adversário. Acontece que mesmo vencendo o clássico em seguida o time terá de passar pelo Criciúma e assim por diante, pois pelo estudo apresentado na edição de ontem, o Coxa terá de cumprir campanha exemplar que significaria a melhor trajetória de todos os concorrentes na parte final do campeonato.

Com impressionante regularidade de derrotas seguidas, o Atlético conseguiu o feito de bater o Corinthians e respirar mais aliviado nesta semana de preparativos para o reencontro com o velho rival. Como esta apenas a seis pontos do primeiro da zona de rebaixamento – o Palmeiras – é conveniente os atleticanos aproveitarem os fluídos eleitorais e prestarem atenção na margem de erros da classificação, tanto para baixo como para cima.

Resumo: para o Coxa só a vitória interessa e ao Furacão o empate pode significar um resultado satisfatório.

Engenharia

Enquanto matemáticos, nigromantes, prestidigitadores e outros afins estudam as possibilidades do próximo Atletiba os treinadores preparam a engenharia da partida.

Marquinhos Santos sabe que terá de tirar água da pedra com uma defesa falha e irregular, um meio de campo que só consegue beber na fonte do genial Alex e um ataque que conta mesmo apenas com a eficiência do camaronês Joel. Só com muita garra e contando com o apoio da arquibancada para superar as limitações técnicas.

Claudinei Oliveira deve lamentar a incapacidade de avaliação dos responsáveis pelo futebol atleticano que ao abrirem mão de Paulo Baier e Everton, secaram a fonte dos lépidos atacantes Marcelo e Douglas Coutinho e mataram o artilheiro Éderson de inanição nesta temporada.

O técnico deve sonhar com um meia armador criativo promovendo lançamentos nas costas da zaga adversária para explorar a velocidade dos atacantes, que poderia tanto ser Jádson ou Danilo - que são reservas no Corinthians - mas resolveriam um problemão se estivessem no Furacão.

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