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O que o Atlético deixou de fazer domingo realizou ontem: marcação, criatividade nas alas e na meia-cancha, eficiência ofensiva, quebrando longa invencibilidade da equipe paulista, mas bobeando no final ao sofrer dois gols.

Seguro na retaguarda e liberando os alas Raul e Márcio Azevedo, ambos com atuações primorosas, o Furacão soprou forte chegando a 3 a 0 no Corinthians que, mesmo contando com Ronaldo Fenômeno, caiu na Arena da Baixada.

As principais armas atleticanas foram velocidade pelos lados e inteligência pelo miolo, com destaque aos atacantes Marcinho, Rafael Moura e Wallyson.

Do lado corintiano, muita luta e a recuperação no final aproveitando o vacilo atleticano.

Quem se deu bem na rodada da Copa do Brasil foi o Coritiba que goleou o CSA e ganhou grande vantagem na classificação.

Enquanto a dupla Atletiba disputa o título estadual e joga pela Copa do Brasil, o Paraná apenas espera o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.

Vida oposta do Tricolor que, ultimamente, não tem conseguido acompanhar o ritmo dos tradicionais adversários e passa mais tempo lutando para fugir das últimas posições do que brigando pelo título.

Com sérios problemas econômicos e respondendo por diversas ações trabalhistas que corroem as finanças, além, é claro, do custeio, o Paraná virou um drama para os administradores.

Há quem afirme que a melhor solução seria terceirizar o departamento de futebol profissional para algum grupo de investimentos ou, como já aconteceu, de próprios conselheiros do clube. O que preocupa é continuar do mesmo jeito, com o futebol sendo gerenciado de forma quase amadorística e sem maiores perspectivas.

A permanência do técnico Velloso foi conveniente na medida em que não há maiores opções no mercado, dentro do atual padrão salarial do Paraná. Resta ao torcedor a esperança de que as revelações da base sejam bem aproveitadas e, sobretudo, que as novas contratações tenham qualidade técnica de nível mais elevado.

O fim do drible

Da forma como alguns jogadores de defesa estão reagindo parece que a beleza do drible está próxima do fim no futebol brasileiro.

Foi o que se deduziu da maneira agressiva com a qual o ala-esquerdo Juan, do Flamengo, reagiu ao levar uma finta do atacante Maicosuel, do Botafogo. Cometeu a falta e ainda foi para cima do adversário, com o dedo em riste ameaçando-o de agressão pela gracinha, segundo a ótica do equivocado Juan.

Lamenta-se a pusilanimidade do árbitro da partida que se limitou a apresentação de um singelo cartão amarelo para o nervosinho defensor do Flamengo.

Garrincha, Canhoteiro, Edu, Ney, Piau, Júlio César, Joãozinho, Zé Sérgio e tantos outros dribladores geniais não poderiam mais jogar no pobre futebol de hoje em dia.

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