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Se a Lei Geral da Copa continua emperrada e as obras estão atrasadas, prestem atenção no que disse Andrés Sanches, diretor de futebol da CBF: "O trabalho na seleção está atrasado".

E não é só ele que constatou a realidade, pois além de todos aqueles que há meses apontam as falhas do técnico Mano Menezes, gente de fora começa a enxergar as deficiências da seleção.

Paul Breitner, craque alemão de dois Mundiais e que se encontra no Brasil com uma delegação oficial do go­­verno da Bavária para avaliar opções de cooperação comercial entre os dois países, alertou que "o futebol brasileiro perdeu o rumo e, da forma que se encontra, dificilmente terá qualquer chance de vencer a Copa do Mundo de 2014 em sua própria casa".

Mal sabe o ex-cracão do Bayern de Munique e do Real Madrid que, antes, estamos preocupados com a possibilidade real de novo fracasso nos Jogos Olímpicos de Londres, pois parece cada vez mais difícil a conquista da inédita medalha de ouro no futebol.

Breitner – que ao lado de Pelé, Vavá e Zidane, é um dos quatro jogadores do mundo a marcar gols em duas finais de Copa (anontou contra a Holanda, em 1974, e na final perdida para a Itália, em 1982) – confirmou a opinião que defendemos há muito tempo de que o futebol brasileiro descaracterizou-se. Segundo ele, por causa dos sistemas defensivos e a excessiva quantidade de marcadores e volantes, em prejuízo do surgimento de meias armadores talentosos e atacantes artilheiros. O jogador brasileiro tem similaridade com os craques do Barce­­lona, mas no conjunto não consegue apresentar a mesma eficiência em campo.

O problema está localizado na base, já que os treinadores formam jogadores para ganhar títulos, medalhas e fazer figura na mídia em vez de criar uma geração de futebolistas que possam resgatar o brilho perdido nos últimos anos. De nada adiantam os títulos se raros jogadores chegam às equipes principais com formação apropriada para encarar os inúmeros desafios da carreira.

Os poucos times que conseguem algum brilho vivem exclusivamente das individualidades que restaram e esses jogadores não mostram o mesmo aproveitamento na seleção. Eles se ressentem da ausência de um plano de jogo bem elaborado pelo técnico Mano Menezes, cada vez menos prestigiado.

EFABULATIVO: O delegado Aprígio Paulo Cardoso, carinhosamente chamado pelos amigos de Pato Branco, é um daqueles atleticanos que começam a sofrer dois dias antes de qualquer partida.

No pequeno expediente da Boca Maldita, nos finais de tarde, ele discutia futebol com os amigos quando o administrador Marcelo Calluf, coxa-branca roxo, reclamou do rendimento do Coritiba nesta temporada. Pato Branco aumentou o volume da voz e bradou: "Se você reclama do time bicampeão e invicto há quase 50 jogos no campeonato, passe a torcer pelo Atlético para ver o que é bom pra tosse...".

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