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Nem a estréia do experiente técnico Antônio Lopes foi suficiente para levantar o baixo astral que tomou conta do Atlético.

Antes do jogo, novamente com pouco público, pois a torcida deve andar cansada desse time sem talento, o presidente Mário Celso Petraglia deu entrevista procurando defender-se das gravíssimas acusações desferidas por Onaireves Moura. Depois, com a bola rolando, o time atleticano procurou acertar de todas as formas mas, pelas suas conhecidas limitações técnicas, não conseguiu se impor ao Fluminense. Fez um primeiro tempo de grande esforço coletivo, com muita transpiração e pouca inspiração, mas na etapa complementar caiu de produção e não realizou absolutamente nada.

Melhor organizado na parte tática e com melhores jogadores no plano individual, o Fluminense recuperou a postura e chegou ao empate com merecimento.

É preocupante a situação técnica do Atlético, que se revela deficiente em todos os setores, à exceção do ataque que, dependente das outras peças, tem caído na esparrela geral.

E, a diretoria, surpreendentemente, continua anunciando a contratação de atacantes quando a equipe está visivelmente carente na zaga e na meia-cancha.

Lamentavelmente o baixo astral tomou conta da Arena da Baixada. Fora de campo, por conta do estarrecedor tiroteio entre os conhecidos cartolas; dentro, pelo precário estado técnico do time, que se arrasta há meses em todos os campeonatos.

Jogo morrinha

Não se critique o Paraná pela sonolência e a mediocridade técnica do jogo no Morumbi.

Quem tinha a obrigação de fazer as honras da casa, apresentar futebol ofensivo era o Corinthians. Curíntia, para os iniciados no idioma paulistês, falado por aquela gente estranha que vive do lado de lá do rio Pardinho.

Ocorre que o Curíntia jogou desfalcado de seu único jogador com resquícios de criatividade, William, servindo uma dessas seleções brasileiras que se apresentam pelo mundo como o Circo de Soleil. E, sem ele, restaram aqueles quebradores de bola que fazem a tristeza da famosa Fiel torcida corintiana, um dos maiores espetáculos humanos da terra.

O Paraná, que se tornou tecnicamente plástico e interessante nas asas de Barbieri, Caio Júnior ou de Zetti, começa a ganhar a cara de Pintado. Não sei se é para o bem ou para o mal, mas o time mudou o jeito de jogar e está marcando como nunca e belicoso como sempre. Só que, sábado, o Paraná apenas defendeu-se e atacou pouco. Como disse outro dia ao meu boca-negra íntimo, da Boca Maldita, Odilon, o rei da camisaria: esse Paraná é capaz de tudo, mas precisa acreditar em suas possibilidades como aqueles pistoleiros do velho oeste. Sábado, ele esteve muito contido para o meu gosto.

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