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Encerrado o turno, foram procedidos os levantamentos que indicam os favoritos ao título e os candidatos ao rebaixamento.

Dentre os nossos times, ao contrário do ano passado, quando sagrou-se campeão de inverno como primeiro do turno, o Coritiba deve terminar em terceiro lugar. Está na zona de classificação e com chances de voltar à Primeira Divisão desde que mantenha o rendimento em casa e consiga melhorar a colheita de pontos fora.

Paraná e Atlético fecharam com balanço negativo e preocupam os seus simpatizantes na medida em que patinam enquanto os adversários começam a emitir sinais de reação.

Mais delicada é a situação do Atlético que, além de estar ao lado da faixa de rebaixamento, tem a Copa Sul-Americana para desviar-lhe a atenção.

Não sei até que ponto o torneio continental pode ajudar a equipe em sua esperada recuperação no Campeonato Brasileiro. Na temporada passada funcionou, pois nas asas das boas vitórias sobre Paraná, River Plate e Nacional, o Furacão recuperou o pique na competição nacional e escapou do rebolo, ganhando nova oportunidade na Copa Sul-Americana.

Desta feita, entretanto, o time está bastante descaracterizado e, mais do que isso, enfraquecido em todos os setores. Nem falo da ausência de goleiro porque, por incrível que pareça, desde a saída de Flávio o Atlético sofre com a ausência de um especialista de categoria na posição. Diego não convenceu e os seus sucessores não conseguiram se firmar, inclusive o jovem Guilherme, que foi bem vendido para o futebol russo.

Porém, um time que começa sem bom goleiro, passa por uma zaga confusa, na qual Rafael Santos, que veio do Internacional no negócio de Marcão, surpreendentemente ainda não foi utilizado, por uma meia-cancha capenga com a ausência de um meia-armador e por um ataque desfigurado, terá dificuldades para reagir.

A esperança atleticana reside nos novos valores, no caso o goleiro Viáfara ou a promessa Vinicius; o zagueiro Antônio Carlos; o meia Ramón e um atacante que precisa ser contratado com urgência. Aliás, a maior perda da equipe foi a venda de Dênis Marques e a lesão sofrida por Alex Mineiro.

Com eles em campo, o time era respeitado pelos adversários, que sempre mantinham três defensores para vigiá-los. Com atacantes inexpressivos como Dinei e Marcelo, todo time não toma conhecimento e avança para cima do Atlético.

E tem mais: pelo que pude observar, Dinei vem sendo escalado em posição errada, pois apresenta características de avante e não de meia-ponta-de-lança. Talvez, atuando enfiado entre os zagueiros, ele possa voltar a marcar os gols que fez quando jogava no interior paulista.

Para o jogo com o Vasco, logo mais, primeiro, será necessário Antônio Lopes ajustar a escalação do time e, se possível, mexer o menos possível com a bola rolando.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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