Bons ventos

• 0

Apesar de muita coisa ainda precisar melhorar, foi positivo o turno do Paranaense.

O principal problema foi o mau estado da maioria dos gramados nos estádios do interior. Claro que se a Federação fosse rigorosa com os clubes era capaz de inviabilizar a realização do torneio, pois todos sabem das extremas dificuldades que os times considerados pequenos enfrentam para sobreviver dentro da atual estrutura do futebol brasileiro.

Mas alguns campos não apresentaram as mínimas condições, com destaque ao de Arapongas, que beirou o ridículo ao ser pintado de verde para tentar diminuir o impacto visunas partidas transmitidas pela RPC.

Outro aspecto negativo foi o nível de arbitragem, mesmo se reconhecendo o esforço do departamento especializado na busca de encontrar novos apitadores. Porém, na média, a arbitragem foi bastante fraca e precisa melhorar o quanto antes.

Na parte técnica as decepções ficaram por conta de Atlético e Paraná, dos quais se esperava bem mais diante da superioridade que demonstram sobre os heróicos times do interior. Na prática, porém, o que se observou foram campanhas sofríveis das duas equipes, que acabaram mudando o comando técnico na esperança de recuperação no returno.

O Paraná esta vivendo o drama de lutar contra o rebaixamento também no estadual e será muito exigido até o final do campeonato.

O Furacão, que terminou o último Brasileiro em quinto lugar, desmontou a defesa principal, não foi feliz na reposição de peças e manteve-se deficiente no meio de campo. Melhorou um pouco no ataque, mas insuficiente para acompanhar o ritmo do Coritiba, disparado o melhor da temporada até o momento.

O Coritiba teve a sabedoria de manter a unidade do elenco, tanto no aspecto estratégico de jogo quanto na parte psicológica na busca de títulos, e destacou-se da turma. Tem tudo para manter a cadência técnica e o espírito de luta para conquistar o título de bicampeão.

O maior destaque do interior foi o Operário, de Ponta Grossa não só pela brilhante campanha -- que poderia ter sido melhor sem alguns tropeços surpreendentes em casa --, mas pelo apelo popular com a marcante presença de sua torcida nos jogos em Vila Oficinas.

Administrado profissionalmente, o Fantasma deu um salto de qualidade e já se movimenta junto as autoridades municipais para melhorar as condições do seu estádio. Com o potencial que possui na região dos Campos Gerais é uma necessidade a ampliação de Vila Oficinas.

São bons os ventos que sopram sobre o Estadual, que ganhou regulamento enxuto e que certamente motivará o torcedor na próxima fase.