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Como todos sabem que Ro­­naldinho Gaúcho não de­­fenderá a seleção na Oli­m­­píada e muito menos na próxima Copa do Mundo, a sua nova convocação só pode ser explicada pela necessidade de aumentar o apelo comercial do jogo com a Argentina.

Mesmo tendo fracassado em sua experiência olímpica, sequer chamado para a Copa na África do Sul e sem titularidade assegurada no Milan, Ronaldinho Gaúcho ainda é ídolo e uma referência do carente futebol mundial. A atual safra de craques é fraca e vai ser uma dureza a Fifa eleger o melhor jogador da temporada sem muitas contestações.

Tecnicamente, Ronaldinho Gaúcho não tem mais vaga na seleção, até porque Hernanes, em melhor forma, atua na mesma faixa do campo e Ganso é o titular absoluto quando estiver recuperado. Mas vamos esperar que, pelo menos, ele não decepcione ao lado de Robinho, outro que anda na berlinda.

A grande atração do time será Neymar que volta motivado a mos­­trar sua refinada arte e com a responsabilidade de justificar a fama.

Do outro lado, uma equipe recheada de bons jogadores do meio para frente, com destaque a Lionel Messi, mas com uma defesa bem fraquinha. A novidade será o desenho tático e a postura do substituto de Maradona, o ex-jogador Sergio Batista.

Brasil e Argentina sempre mostram bom futebol em seus confrontos e não deve ser diferente nesse caça-níquel de luxo, no Catar.

Preparativos

O técnico Sergio Soares começou animado a preparação para o jogo decisivo com o Grêmio, no Olímpico.

O golzinho salvador no último minuto diante do Prudente manteve o Atlético na corrida pela vaga na Libertadores, mas algumas lições devem ser aproveitadas para melhorar o rendimento da equipe.

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o time não trabalha a bola no meio de campo, acelera demais porque joga sem um meia armador, com dois pontas de lança – Paulo Baier e Branquinho – e, no desespero, comete o erro de procurar o gol no chuveirinho. Chuveirinho a média distância ainda funciona, como no lance em que González serviu Paulo Baier à feição para marcar o gol da vitória. Porém, chuveirinho a longa distância não resolve e serve apenas para consagrar o goleiro, como aconteceu com Sidney, do Prudente.

Com esse estilo de jogo quem paga o pato é o centroavante, que joga enfiado entre os adversários e só recebe a bola quadrada, difícil de ser dominada e, consequentemente, sem chance de promover uma tabela ou mesmo a tentativa da jogada individual sobre os zagueiros.

Tudo isso serve para explicar a baixa produtividade ofensiva do Furacão, ainda com saldo de gols negativo no campeonato, apesar de ser um dos melhores times da competição.

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