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Finalmente a grande imprensa despertou para a realidade do esvaziamento dos campeonatos estaduais. Esvaziamento em todos os sentidos: o tempo de disputa excessivo, os formatos ruins, algumas arbitragens beirando a calamidade e os estádios cada vez mais vazios. A semifinal da Copa Nordeste, no Castelão, arrastou cerca de 50 mil pagantes, demonstrando que os torneios regionais são a alternativa viável para os principais clubes, reservando os estaduais para os times pequenos.

Aqui o Paranaense ficou mais desgastado com o que aconteceu com o Londrina, que conseguiu levar mais de 30 mil pessoas ao estádio do Café – público superior aos últimos Atletibas – e dificilmente repetirá o feito nesta temporada, diante do protesto dos torcedores contra os erros cometidos pela arbitragem.

Só que para mexer nos estaduais seria preciso a criação da Liga Nacional de Futebol, mas no que concerne a CBF e as federações tudo continuará do mesmo jeito, afinal a politicagem e os interesses de grupos estão acima de uma virada para a modernidade e o reencontro do futebol brasileiro com o futuro.

Pelo potencial que possui, é absolutamente inaceitável a realização de clássicos tradicionais, dos campeonatos carioca e paulista, com públicos insignificantes nos estádios.

Em vez de perder tempo com esses certames, os grandes clubes poderiam estar disputando os torneios nacionais, vindo a seguir as competições internacionais com datas suficientes para os amistosos da seleção e, no caso deste e do próximo ano, para os jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Como não existe qualquer tipo de planejamento na CBF, que até outro dia foi comandada pelo notório Ricardo Teixeira, usufruindo de exílio dourado, ninguém pensou em mudar o calendário anual com o objetivo de profissionalizar os campeonatos e diminuir a carga de jogos dos grandes times que fornecem jogadores para a seleção.

Com a CBF praticamente acéfala e fazendo o joguinho dos cartolas que só se preocupam com os seus ganhos políticos e financeiros, os torcedores se afastaram dos estádios e os clubes continuam pagando alto preço pela omissão.

Sem comparações

Alex Ferguson, honorável técnico do Manchester United, revelou-se profundamente infeliz na comparação que promoveu entre Ronaldo Fenômeno e Cristiano Ronaldo.

Primeiro, um profissional experiente como ele devia saber que não se deve fazer comparações entre pessoas, pois todas são diferentes entre si; depois, porque Ronaldo Fenômeno foi muito mais vencedor como atleta do que o português Cristiano Ronaldo que é grande jogador, mas jamais será o maior artilheiro de copas do Mundo, título que distingue o brasileiro na atualidade.

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