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Após um Campeonato Estadual sofrível, com fórmula de disputa cansativa, péssimas arbitragens, campos irregulares, técnica inferior da maioria das equipes e baixa frequência de público, o futebol paranaense não se saiu bem nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.

Na série A, o Coritiba aparece na última colocação e a derrota para o Botafogo, coisa rara jogando em casa, provocou descontentamento generalizado e até mesmo excessos por parte de alguns torcedores. Reagiu o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, em defesa das esposas dos jogadores que, lamentavelmente, foram atacadas verbalmente por torcedores exacerbados que exigem que o Coritiba seja imbatível.

Ora, se a diretoria não esconde o robusto passivo do clube e afirma não possuir recursos para a contratação dos reforços imaginados pela torcida, é de se louvar o trabalho de todos diante dos resultados apresentados: tri estadual, recorde de vitórias e jogos invictos, nova presença na fase decisiva da Copa do Brasil e possibilidade de realizar campanha regular no torneio que se inicia. É importante lembrar a todos que o Coxa tem conseguido tudo isso graças a parceria com a empresa L.A.Sports, pois sem ela as coisas teriam sido muito, mas muito mais difíceis mesmo.

Na Série B o Paraná patina em razão de antigos dramas que aparentemente não serão resolvidos a curto e a médio prazo. O próprio técnico Ricardinho, que se entusiasmou com os resultados obtidos na Divisão de Acesso estadual, recuou em seus prognósticos para o acesso nacional. Sem a contratação de jogadores com maior envergadura técnica, será complicado o Paraná voltar a principal vitrine do futebol.

E isso se aplica ao Atlético, que continua contratando jogadores apenas razoáveis e sofre as consequências do evidente desgaste da dupla uruguaia – técnico e preparador físico –, que simplesmente não conseguiu apresentar os resultados esperados pela diretoria.

Juan Carrasco está claramente em rota de colisão com o elenco, pois ao escalar Manoel como centroavante, Marcinho como pivô do ataque, Zezinho como ala e outras invenções que custaram o título de campeão ao Furacão, ele se desgastou profundamente perante os jogadores, submetidos às excentricidades perante a torcida, que há anos anda de saco cheio com tanta incompetência no departamento de futebol.

O planejamento da preparação física tem se revelado um fracasso, pois em todas as partidas em que se deu mal – os clássicos com o Coritiba, jogos com o Palmeiras e a derrota para o Boa – o time caiu de produção no segundo tempo. Sinal de que os jogadores não estão bem condicionados e, se providências não forem tomadas imediatamente, a tendência é o agravamento da situação.

Diante disso, parece óbvio que o trio da capital enfrentará caminhos ásperos até o final da temporada.

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