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O Campeonato Paranaense vai começar nesta semana. Feita essa afirmação, o leitor há de me corrigir, afinal ele começou em janeiro e teve a fase classificatória encerrada ontem.

Nos tempos em que era a nossa única atração futebolística, o Campeonato Paranaense tinha princípio, meio e fim. Como toda e qualquer boa comédia e boa tragédia, era ele capaz de manter acesa a emoção do torcedor.

Anteriormente podia-se ser torcedor desde a primeira rodada. Atualmente, todo mundo sabe que o primeiro turno é rotina. Ninguém se preocupa em acompanhá-lo, pois ele vale pouco para os grandes e, na turma de baixo, apenas para os times que temem o rebaixamento.

Com fórmula de disputa lógica e regulamento melhor escrito, sem conceder ao Engenheiro Beltrão o absurdo de não comparecer a uma partida sem sofrer qualquer tipo de punição. Sem esquecer, é claro, do bizarro supermando, a maior excrescência já vista nos últimos tempos.

O Campeonato Brasileiro, por exemplo, só resgatou a credibilidade quando passou a ser disputado em turno e returno por pontos corridos. Acabaram as fases, chaves e repescagens, apontando como campeão e detentores das vagas dos torneios continentais as equipes que tiveram mérito ao logo da competição.

Agora teremos a etapa mais interessante do Estadual, quando as partidas valem quanto pe­­­sam. Ou seja, o título da temporada estará verdadeiramente em jogo.

O Coritiba arranca com amplo favoritismo, não só por ser detentor do supermando, com dois pontos de bonificação e jogar todas as partidas em casa, mas por ter apresentado o melhor futebol. Ou, o futebol menos ruim, se preferirem, nesta disputa de baixo extrato técnico.

O Atlético, mesmo jogando futebol feio, sai com um ponto extra e só fará o Atletiba fora da Arena da Baixada. Se tiver competência técnica – coisa que lhe faltou até agora – poderá levar a decisão para o clássico.

O Iraty foi o destaque do interior e o Paraná voltou a mostrar melhor ritmo de jogo atuando longe da Vila Capanema. Ao defender o pênalti no último instante em Toledo, o goleiro Juninho livrou o tradicional Rio Branco do rebaixamento. A classificação do Operário representou um prêmio ao técnico Caçapa que, ao assumir, injetou ânimo no time.

Mas, enquanto todos os demais esportes exacerbam a competição para chamar público, o futebol paranaense amesquinhou a competição, como a querer torná-la enfadonha e previsível, o que não deixa de ser uma contradição em termos.

Mesa real

Confraria que reúne jornalistas e radialistas esportivos, além de ex-dirigentes e torcedores ilustres – escolhidos a dedo e comandados com mãos de ferro pelo implacável presidente José Luís Lins de Sousa –, a Mesa Real completa 10 anos de existência no jantar comemorativo de hoje. Vida longa a todos!

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