• Carregando...

O Atlético terá nova oportunidade de mostrar que o atual time possui capacidade técnica de impor-se ao adversário na Arena da Bai­xa­­­da para, enfim, decolar no cam­­peonato.

Desperdiçou a chance domingo, é verdade, mas pode aproveitá-la frente ao Ceará.

No empate com o Grêmio é im­­portante destacar, primeiro, a boa atuação do adversário no se­­gundo tempo, quando pressionou, usou a capacidade individual de alguns jogadores que se desdobraram para evitar uma nova derrota e tirou proveito do comportamento atleticano, algo ensimesmado e completamente sem iniciativa.

Essa atitude complacente dos jogadores na etapa final teve a ver com a brutal queda de rendimento dos alas Wagner Diniz e Pauli­­nho, além da fraca atuação dos meias Paulo Baier e Branquinho. Diante disso, o Grêmio simplesmente tomou conta do pedaço, bem armado no plano tático, e foi para cima em busca do empate. Por pouco não virou o placar.

O torcedor rubro-negro está curioso em descobrir como agirá o técnico Carpegiani para disciplinar a equipe de forma a não se intimidar diante do Ceará. O que se observa é que o Atlético resume-se a poucas jogadas preparadas, baseando-se muito nas bolas paradas de Paulo Baier e na individualidade de Maikon Leite. Ainda não foi criada uma trama para usufruir o potencial de velocista do equatoriano Guerrón e muito menos alguma trama que propicie ao centroavante Bruno Mineiro ficar com a bola à feição para a finalização.

Uma vitória, hoje, será fundamental para embalar os sonhos do Furacão no restante da temporada.

EFABULATIVO: Diede Lameiro foi técnico campeão pelo Coritiba e gostava de cutucar o presidente Evangelino Neves mostrando-lhe telegramas que teriam sido enviados por clubes paulistas interessados na sua contratação. Em uma das vezes, o artifício colou, e o presidente aumentou o seu salário, porém ficou com a pulga atrás da orelha.

Um dia, na concentração na Casa da Júlia – Rua Júlia Van­­derley, nas Mercês – o treinador recebeu telegrama que mexeu com a sua cabeça: "Chego em Curi­­tiba, amanhã, às 11 horas, no vôo da Vasp, vá ao aeroporto para conversarmos. Vicente Matheus".

Como comandar o Corinthians é o sonho de consumo de todo técnico, Diede adiantou o treino matinal e mandou-se para o Aero­­porto Afonso Pena.

Chegou a tempo e acompanhou nervosamente o desembarque do voo que chegava às 11 ho­­ras de São Paulo e nada de o presidente corintiano aparecer. Foi ao balcão da companhia perguntar a respeito e tão logo virou-se levou um susto ao ver Evangelino Neves encostado na coluna do saguão. Rindo, o presidente coxa-branca perguntou: "Gostou do telegrama e do passeio, Diede?"

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]