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O alemão Matthäus já percebeu que terá muito trabalho pela frente e que está correndo contra o tempo.

Acontece que, na indefinição do time com o entra e sai de jogadores, com a perda de personagens importantes que poderiam ajudar muito nesta temporada – como Adriano e Schumacher, por exemplo – e o perene problema interior da zaga com os gols sofridos de bola parada, o Atlético vem penando para vencer adversários reconhecidamente frágeis neste campeonato.

Aliás, alguns torcedores colocaram-me a seguinte questão: estariam os times do interior paranaense no mesmo nível daqueles que integram a Primeira Divisão nacional?

Não, claro que não. Atlético e Paraná, que cumpriram campanhas satisfatórias no ano passado, classificando-se para a Copa Sul-Americana, estão jogando contra algumas equipes que sequer estão na Terceira Divisão nacional. Na verdade, o que se verifica é um comovente esforço da maioria que, mesmo com calendário precário, encontrou forças e recursos para fazer frente aos chamados grandes clubes. Estes, por sua vez, estão muito desarrumados e precisam melhorar para os desafios que chegarão com a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Voltando ao Furacão, Dagoberto foi a estrela na dramática vitória sobre o aguerrido Rio Branco. Em contraste com ele, alguns novos jogadores tecnicamente limitados estão distantes do projeto idealizado por Lothar Matthäus e sonhado pela torcida.

Os dois gols do Rio Branco apenas confirmaram a grave deficiência defensiva do time, ficando por conta do hábil Michel Bastos – cada vez com mais jeito de meia do que lateral – o brilho técnico da noite.

O elemento surpresa

O Paraná não deve reclamar da sorte e dos riscos que começa a correr na luta pela classificação a próxima fase do campeonato.

Primeiro, porque marcou o gol cedo e poderia ter liquidado a fatura com um pouquinho mais de ambição e arte. Porém cedeu espaços ao Londrina, deixou o campo ficar curto e foi pressionado no segundo tempo.

O técnico Barbieri pediu para o time avançar. Mas que nada, os jogadores simplesmente encolheram-se a ponto de o Londrina fazer por merecer melhor resultado, especialmente depois da bola que bateu na trave do goleiro Flávio.

Mas o empate veio de forma criativa e artística, pois enquanto os defensores tricolores marcavam os londrinenses, surgiu na outra extremidade da grande área Bruno Barros, o elemento surpresa livre de marcação para cabecear de forma definitiva e inapelável.

Foi um duro castigo para o Paraná, que não soube se impor em campo e administrar o triunfo diante de um rival aplicado.

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