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Horário inconveniente, noite fria, chuva, campo liso, pouco público, time mal escalado e desatenção da defesa do Coritiba no final foram os destaques da partida de ontem.

Pouca coisa aproveitável ficou registrada no Alto da Glória, a não ser o esforço do Gama, uma equipe tecnicamente modesta, mas bem armada pelo paranaense Roberto Cavalo e que teve o esforço premiado com o empate.

Do Coxa esperava-se bem mais, já que lutava para alcançar a liderança e, mesmo jogando mal, poderia ter vencido. Teve maior volume de jogo apesar da falta de objetividade com que se apresentou.

Como foi distribuído pelo técnico René Simões, o time despertou um pouco apenas na pressão dos instantes finais, após ter cedido a igualdade em falha coletiva do seu corpo de retaguarda.

Conspiração

O Atlético deve tomar cuidado com o fomento da teoria da conspiração.

Ele não se encontra na zona de rebaixamento apenas por causa das más arbitragens. Ele esta nessa desconfortável posição por causa dos diversos equívocos cometidos no departamento de futebol profissional que, só agora, conta com um representante que fala para a torcida depois do jogo.

Essa mesma torcida que foi desconsiderada pelos cartolas, passou a receber informações oficiais de viva voz, através de Alberto Maculan, homem experiente na área e que não se mostrou estressado como aqueles senhores que comandam o clube.

E Maculan, que tem toda razão ao reclamar da desastrosa arbitragem no Beira-Rio – sendo que, a meu ver, o erro mais grave do juiz foi ter impedido Pedro Oldoni de tentar empatar a partida naquela jogada em que ele beneficiou o infrator –, reconheceu que o time possui diversas carências e que a maior delas é a ausência de um goleador.

Aliás, só mesmo com a contratação de um bom ala, tanto faz se destro ou canhoto, e de um artilheiro o Furacão conseguirá sair do buraco em que se meteu.

A razão é bastante simples: no futebol moderno o ala faz às vezes do ponteiro e sem um elemento qualificado para o apoio ao ataque torna-se impossível chegar ao gol. Quanto ao avante, parece óbvio que nenhum time vai a algum lugar sem um fazedor de gols.

Jogão na Vila

O Cruzeiro vem substituindo o Botafogo no quesito futebol mais bonito do campeonato. O São Paulo é líder, todos sabem, mas não vem apresentando estilo de jogo brilhante, apenas eficiente na defesa e com diversas opções graças a variedade de seu grande elenco.

O Cruzeiro tem sido ofensivo e com rica variedade de jogadas, com destaque a Alecsandro uma dessas bênçãos que só o futebol brasileiro consegue revelar a cada nova temporada.

Com um adversário desse calibre, só resta ao Paraná muita garra e aplicação, logo mais na Vila Capanema. O jogo promete.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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