Coxa no limite

• 0

Com trabalho deficiente nas categorias de base, com poucas revelações para servir o time principal e infeliz na maioria das contratações realizadas, o Coritiba vive momento dramático no Campeonato Brasileiro e novo insucesso, domingo, diante do Grêmio, poderá custar a cabeça do treinador Celso Roth. Na penúltima colocação e com apenas uma vitória em 11 partidas, o Coxa está no limite e todos reconhecem que a soma de tantos erros levou o clube a esta incômoda situação.

Erros cometidos tanto na escolha de diretores para o departamento de futebol quanto na seleção de profissionais para ocupar cargos estratégicos na comissão técnica, além, é claro, da fragilidade técnica do atual elenco. Mas como não adianta chorar pelo leite derramado, o Coritiba terá de se superar para não afundar ainda mais.

Fase boa

Ao contrário do tradicional rival, o Atlético realiza competente trabalho nas divisões de preparação de atletas e conta com diversos profissionais na garimpagem de talentos pelo país afora. O resultado é a ousadia de entrar no Brasileiro com um time jovem, que tem surpreendido positivamente, inclusive com algumas novidades que certamente já estão chamando a atenção de muita gente no mercado, como Otávio, Marcos Guilherme, Nathan, Mosquito e, principalmente, o goleador Douglas Coutinho. Weverton, Suelinton, Natanael, Deivid, Éderson e Marcelo completam a lista de destaques do Furacão. Aguarda-se o amadurecimento da dupla de zaga Cleberson e Léo Pereira para que se aposte na fase boa atleticana até o final da competição.

Lamentável o fato de o jogo com o Fluminense ser sem público para apoiar e aplaudir a nova geração que começa a empolgar. Aliás, dentre tantas aberrações do futebol brasileiro, esta de obrigar o clube infrator a disputar jogos sem a presença da torcida é a mais chocante na jurisprudência esportiva. Em todo lugar civilizado do mundo o infrator é punido com multa ou perda de pontos, jamais com o insólito fechamento do estádio.

Sem drama

A Vila Capanema significa muito à torcida do Paraná e, mesmo neste momento miserável que o time vive, muitos acreditam que o jogo de amanhã será sem drama. Ou seja: o torcedor esfrega as mãos e vai ao estádio para tentar ajudar na busca da reabilitação diante do ABC, que soma o dobro de pontos do Paraná no momento. Indicativo mais do que suficiente de que as coisas não serão fáceis para o time de Claudinei Oliveira.

*****

Efabulativo: Contrariado com a forma pela qual Celso Roth se refere ao elenco do Coritiba – herança recebida – na tentativa de justificar a fracassada campanha, o comentarista Dionísio Filho, da Rádio Banda B, mandou ver:

– Técnico é como dono de sauna: vive do suor dos outros!

Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.