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Favorito no clássico e dominando amplamente a maior parte do jogo, o Cori­­tiba deixou escapar a vitória no clássico em lance falho do goleiro Édson Bastos.

O Atlético jogou com inteligência, pois reconheceu a sua inferioridade técnica e procurou superar-se na garra e na marcação forte, recebendo o prêmio na etapa final. O goleiro Renan Rocha foi o grande destaque do Atletiba praticando defesas portentosas e evitando o segundo gol coxa-branca.

Emerson abriu a contagem em bela cabeçada dando a impressão de que o Coxa venceria novamente, porém veio o vacilo no surpreendente gol de Edilson, que igualou o placar.

Excelente arbitragem de Héber Roberto Lopes, que expulsou o técnico Renato Gaúcho que tentou ganhar um pênalti no grito.

Laboratório

O Campeonato Brasileiro segue com poucas atrações e vivendo quase exclusivamente do equilíbrio técnico entre as equipes.

O período é de entressafra de atletas, que se reflete de forma mais clara nas apresentações inconvincentes da seleção nacional. A dificuldade de revelar melhores jogadores levam os clubes a buscar soluções no mercado externo.

Além da aquisição de jogadores estrangeiros, verifica-se intensa movimentação no recambio de craques que se deram bem lá fora, ganharam títulos, fizeram fortuna e voltaram para encerrar a carreira no país. Alguns encontram dificuldade para responder à expectativa. Outros revelam problemas físicos, como Adriano e Luís Fabiano, que ainda não conseguiram jogar no Corinthians e no São Paulo, respectivamente.

Ronaldinho Gaúcho tem sido atração no Flamengo, Alex tenta firmar-se no Corinthians tanto quanto o veterano Juninho Pernambucano no Vasco.

Diante das circunstâncias, as­­sistimos a um Campeonato Brasileiro movimentado, aquecido pela rivalidade entre as torcidas, mas com deficiências tanto dentro quanto fora dos gramados.

Fora de campo, por causa do fechamento de estádios importantes como Maracanã e Mineirão, em obras para a Copa do Mundo, le­­vando os times cariocas e mineiros ao sacrifício de jogar em gramados mal cuidados e com reduzida frequência de público.

Também as ar­­bitragens continuam não correspondendo à expectativa além, é claro, da agressividade de algumas torcidas organizadas e a proverbial violência nas ruas que assinalam, dramaticamente, o nosso cotidiano.

Dentro de campo, pela ausência de melhores jogadores, a ponto de a seleção ter se transformado em autêntico laboratório de testes. Muitos enxergavam a Copa Amé­­rica como a prova dos nove para o técnico Mano Menezes, mas ele sobreviveu à retumbante decepção. Como havia fracassado nos amistosos contra os gigantes do futebol mundial, continua na corda bamba depois da inapelável derrota para a Alemanha.

Para tentar retomar o caminho da vitória a CBF cancelou jogos contra adversários de envergadura e confirmou amistoso com a fraca equipe de Gana. Trata-se de novo desafio para Mano Menezes, pois vencer é obrigação e perder pode representar o fim da linha.

E seguem as experiências no laboratório da seleção.

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