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Para um time em formação, que ainda não conseguiu alcançar o entrosamento e a envergadura técnica necessárias para merecer a confiança de todos, o Coritiba obteve mais um bom resultado e vai levando a classificação no peito e na raça.

Ontem, em jogo tecnicamente pobre, a Adap Galo não conseguiu se impor e acabou perdendo novamente na capital. Desta vez, um gol de Henrique, o zagueiro que se destaca no grupo, garantiu o avanço do Coxa no campeonato.

Do outro lado, empate esperado entre Cianorte e Rio Branco e nova derrota do Atlético fora de casa. Só que o Furacão continua com gordura suficiente para decidir tudo dentro da Arena.

O pique do Paraná

Jogar com o Cascavel hoje, repetir a dose domingo e não perder o ritmo para os jogos decisivos pela Taça Libertadores da América atiçam o pique do Paraná. O elenco montado às pressas ofereceu ao Paraná uma dinâmica rara no futebol moderno. Ou, por outra, como está dando certo poderia ter representado tremendo fracasso. Mas valeu a ousadia dos dirigentes e a coragem do técnico Zetti em aceitar o desafio.

Técnico praticamente em começo de carreira, mas com respeitável bagagem como vitorioso jogador, Zetti ordenou as coisas, separou o joio do trigo e, pouco a pouco, foi desenhando o figurino tático tricolor.

Dunga reflete

Na última Copa, Parreira teve à disposição o melhor grupo de jogadores do mundo, não conseguiu montar um time vencedor e falou-se em quadrado mágico e, até mesmo, em quinteto mágico. Tudo bobagem. O time precisava de padrão definido e como Parreira não teve coragem de barrar os medalhões, deu no que deu.

Agora é a vez de Dunga tentar fazer aquilo que Felipão conseguiu: acertar a escalação. Mas para isso, Felipão teve de contar com a ajuda da Providência Divina: após a contusão de Emerson ele optou pelo mais técnico Gilberto Silva e encaixou o time com o lépido Kléberson no lugar do dispersivo Juninho Paulista.

Kléberson correu o campo inteiro, ora cobrindo Cafu, ora cobrindo Roberto Carlos e, sobretudo, participando dos principais lances ofensivos em boas tramas com Ronaldinho, Ronaldo e Rivaldo.

Fez lembrar o ajuste da seleção que conquistou o tricampeonato em 1970. Zagallo relutou em escalar Tostão e Pelé juntos, afirmando que eles ocupavam a mesma faixa do gramado.

Mas como existiam jogadores com o peso de Tostão, Rivelino e Edu, do Santos, ele ferveu a cabeça até que a Providência Divina também entrou em campo.

Rogério machucou-se e foi cortado, Jairzinho voltou para a ponta-direita e desenhou-se um dos maiores ataques de todos os tempos com Tostão, Pelé, Gerson e Rivelino.

Agora, Dunga tem a sua disposição as mesmas feras que confundiram Parreira. O que fazer?

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