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Quando o Coritiba entrar em campo para enfrentar o Operário, em Ponta Grossa, na defesa da liderança invicta, e o Atlético retornar à Arena da Baixada para tentar vencer o Cianorte e diminuir a pressão sobre o time, as diferenças entre os dois grandes clubes paranaenses serão notadas mais uma vez.

E são diferenças marcantes, especialmente depois que o Coxa caiu novamente para a Segundona nacional e aguarda, nervosamente, o julgamento do recurso para tentar diminuir a pena da perda de 30 mandos imposta pelo STJD.

Mesmo sem poder jogar no Alto da Glória e acumulando prejuízos financeiros, o Coritiba tem mostrado mais equilíbrio dentro de campo que o tradicional rival.

Mantendo-se na Primeira Divi­são, com as contas em dia e jogando na Arena da Baixada com público garantido graças a fidelidade dos seus 25 mil associados, o Atlé­tico não tem conseguido mostrar regularidade em campo.

Tudo porque a diretoria acreditou na base do ano passado, sabidamente frágil e que quase custou o rebaixamento do clube, e foi infeliz nas contratações dos veteranos Claiton e Alex Mineiro, que apenas acumulam milhagens no departamento médico, agora também com o eficiente Paulo Baier.

Sem os três e em fase de novas contratações – o último foi o argentino Javier Toledo –, o técnico Antônio Lopes usou 23 jogadores no Estadual e ainda não tem o time ideal formado para a estréia na Copa do Brasil, na semana que vem.

Claro que o Vilhena, de Ron­­ dônia, assusta menos que o Cianorte, mas o drama é que o Furacão continua com uma zaga instável – onde apenas Manoel tem realizado atuações seguras –, não conta com alas eficientes que acertem a maioria dos cruzamentos e padece da ausência de um meia-armador de categoria para municiar os atacantes. E atacante é coisa que não falta no CT do Caju.

O técnico Ney Franco conseguiu separar os dramas que o alviverde experimenta, mantendo a unidade do elenco e, mais importante de tudo, o padrão de jogo à partir de soberbas atuações de Edson Bastos, Leandro Donizete e Rafinha.

Solução lusa

Um dos mais modernos estádios europeus, o Alvalade, do Sporting de Lisboa construído para a Eurocopa 2004 apresentou um problema no projeto.

Para tentar encobrir um erro de construção do estádio português, cerca de 600 lugares que tiveram a visão obstruída por placar eletrônico foram destinados aos cegos, que ganharam entradas gratuitas.

A maior dificuldade para o Atlético atender as exigências do caderno de encargos da Fifa – para realizar jogos da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba – tem a ver com pontos cegos causados pela pouca visibilidade.

Talvez seja o caso de adotar a solução lusa perdendo cerca de 250 lugares em todo estádio em vez de reconstruir o que já está pronto como sugeriu o analista da Fifa que visitou a Arena da Baixada.

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