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Por mais que o Campeonato Paranaense tenha sido mal tratado pela própria entidade que tem a responsabilidade de organizá-lo – a Federação –, por diversos dirigentes que reclamam dos prejuízos, pela justiça desportiva, pelas más arbitragens e até mesmo pelo técnico Paulo Autuori que o depreciou o quanto pode, a verdade é que se trata do único título, efetivamente, ao alcance dos nossos times.

Desde o título brasileiro do Atlético, em 2001, os nossos torcedores não conseguiram comemorar outra conquista a não ser a do velho e bravo Paranaense.

A dupla Atletiba chegou a disputar três finais da Copa do Brasil, mas restou apenas o consolo do vice; o Atlético desperdiçou a chance do bi nacional em 2004 e foi prejudicado pela CBF e pela Conmebol nas finais da Libertadores em 2005.

Portanto, o judiado estadual é a válvula de escape para as torcidas fazerem festa.

Os dirigentes e os profissionais reclamam do calendário esdrúxulo a que se submetem, mas pouco fazem para alterar o panorama. Basta observar a criação da Primeira Liga, uma boa ideia jogada na lata do lixo em sua segunda edição, simplesmente por causa de desentendimentos entre os cartolas na hora de dividir o bolo de dinheiro oferecido pela televisão. Se lambuzaram todos, da mesma forma que ocorreu na experiência da Copa União, do Clube dos 13 e outras tentativas frustradas de retirar o futebol brasileiro da mediocridade administrativa. A CBF e a reforma da Previdência são bem a cara do Brasil.

Vamos pro jogo. O jogo é domingo e domingo é dia de campeão.

O Coritiba, como dizia a minha veneranda vovó Lilóca, está com a faca e o queijo nas mãos. Basta cortá-lo. Suavemente, como convêm nestas ocasiões de gala. Mas Pachequinho sabe que qualquer descuido pode ser fatal, afinal do outro lado está um time ferido, sangrando e humilhado até as entranhas após duas goleadas sofridas dentro de casa.

O aviamento da receita coxa-branca está pronto: atenção, determinação e praticar o mesmo estilo de jogo usado na vitória de domingo passado. A partida começará com o Coxa ganhando por 3 a 0 e caberá ao Atlético a responsabilidade de todas as iniciativas para transformar o cenário no Alto da Glória.

Para conseguir o imponderável o Furacão terá de ser mais Furacão do que jamais foi. Vai precisar que os seus atacantes se inspirem em Ziquita, aquele avante que marcou quatro gols em 15 minutos no Colorado, quando o Atlético perdia por 4 a 0 na antiga Baixada.

Para confirmar o absoluto favoritismo que conquistou, o Coritiba vai precisar contar com a segurança do goleiro Wilson, a eficiência de Alan Santos e Matheus Galdezani e os gols de Kléber e Iago.

Bom clássico a todos.

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