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Na sexta rodada a dupla Atletiba já está deitada no divã de análises psicológicas do campeonato. Tudo porque o decantado planejamento do futebol paranaense inexiste, pelo menos para os três times da capital. O Londrina vem mostrando lucidez na sua gestão, apesar da falta de um calendário anual.

Como o Paraná se transformou em um paciente permanente, que exige cuidados especiais, o tratamento de recuperação está ficando cada vez mais complicado. Uma hora é a falta de recursos econômicos, outra são as dívidas do passado, depois vem a influência excessiva de empresários do futebol sobre a administração do clube, até chegar aos rotineiros atrasos de pagamentos de atletas e funcionários.

A dupla Atletiba ameaçou decolar nas três últimas edições da Copa do Brasil, com três vices cravados frente a adversários tecnicamente inferiores no momento das partidas decisivas. O que faltou ao Coritiba diante do irregular Vasco e do combalido Palmeiras? O que faltou ao Atlético diante do frágil Flamengo? Pouca experiência em decisões, falta de ousadia dos treinadores ou jogadores com mais personalidade diante de adversários tradicionais?

Para mim foi um pouco de cada coisa, mas pelo andar da carruagem os dirigentes da dupla não aprenderam a lição e continuam cometendo os mesmos equívocos.

Coritiba

Apenas duas equipes ainda não venceram: Coritiba e Chapecoense, sendo que os dois pontos conquistados pelos catarinenses foram nos empates em confrontos com a dupla Atletiba.

Com baixo índice de aproveitamento, o treinador Celso Roth sabe mais do que ninguém da premente necessidade de alcançar a primeira vitória, logo mais, diante do Internacional. Porém, mesmo jogando em casa, o Coxa não está seguro de que conseguirá responder à altura diante das falhas individuais que vem apresentando. Situação curiosa, já que na parte tática e na criação de jogadas para a marcação de gols o rendimento tem sido satisfatório. Claramente faltam jogadores de maior envergadura técnica em todos os setores.

Atlético

Dos cinco treinadores contratados pela atual diretoria – Carrasco, Jorginho, Drubscky, Mancini e Portugal –, o que mais agradou à torcida e colheu os melhores resultados foi Vagner Mancini. Ricardo Drubscky subiu à Série A, aos trancos e barrancos, e em seguida perdeu o cargo, vitimado pelas mesmas falhas defensivas que derrubaram Portugal. Sinal de que o Atlético há muito tempo não investe forte no elenco e levou sorte com o casamento perfeito entre Manoel e Luiz Alberto; João Paulo, Paulo Baier e Everton; Marcelo e Éderson, tudo com a assinatura de Mancini. Só que a temperamental filosofia que impera no futebol atleticano provocou mudanças inesperadas e negativas na virada do ano.

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