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Zagallo, em acesso de ira, timbrou a famosa frase "Vão ter de me engolir". Custou a perda do título mundial na Copa de 1998, na tristemente célebre partida final com a França após a crise de Ronaldo na concentração. Em vez de iniciar o jogo com Edmundo, Zagallo escalou Ronaldo sem condições físicas para enfrentar Zidane e companhia.

Só que está ficando cada vez mais difícil engolir as bobagens e aceitar as grosserias disparadas por diversas primas-donas do futebol. Ninguém aguenta mais os acessos de irritação de alguns técnicos, com destaque a Dunga, Muricy e Luxemburgo. Leão, que parece na antessala da aposentadoria, tem nos poupado de seus ataques nervosos.

Maradona, tomado por in­­contida fúria contra os críticos, despejou um monte de impropérios na entrevista coletiva após o triunfo argentino em Montevidéu. Trata-se de antigo caso patológico.

Falta de educação e de controle emocional poderia ser o resumo da reação dessa gente, mas a coisa parece mais grave na medida em que os dirigentes os acobertam e os incentivam a continuar desrespeitando o público.

Quem ataca a imprensa, na verdade está atacando a opinião pública já que os profissionais da mídia e os veículos de comunicação são apenas os interlocutores entre a notícia e o povo. No caso do futebol, o meio de ligação entre os ídolos e os torcedores.

Rodada

O São Paulo anunciou que deseja levar a dupla Paraíba – Mar­­ce­­­­linho e Carlinhos – e isso serviu para desagradar a diretoria do Coritiba, que encerrou os festejos do centenário em baixa com a torcida.

Além da grande frustração de o time não ter conquistado nenhum título no ano, o fantasma do rebaixamento continua assombrando o Alto da Glória. Com uma campanha fraca, o Coxa terá partida difícil com o Grêmio, em Porto Alegre. A esperança é de que consiga pelo menos o empate, a partir de atuação magistral da sua principal estrela – Marcelinho Paraíba – que joga em faixa exclusiva do campo, onde recebe pouca marcação. O velho sábio Tim – Elba de Pádua Lima – definia aquela região como "meia água", onde os jogadores com habilidade na condução da bola circulam à vontade.

Aqui, no jogo com o Santo André, Antônio Lopes tentará usar o peso da sua experiência para tranquilizar o jovem time atleticano que não tem conseguido apresentar bom futebol na Arena da Baixada. Além da pressão exercida pela torcida o fato de obrigar-se a assumir a iniciativa de atacar acaba atrapalhando o desenvolvimento técnico da equipe.

Há quem afirme que uma das dificuldades encontradas pelos novos jogadores lançados estaria ligada às poucas oportunidades que o time tem para realizar treinamentos e adaptação ao gramado da Arena da Baixada. Os jovens revelaram que sentem demais o impacto direto com a torcida, invariavelmente em jogo de casa cheia.

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