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"O que dá para rir, dá para chorar", diz o ditado; depende de tempo e lugar, completa o poeta.

O abraço é a alegria da chegada e a tristeza da partida. Pode ser também a tristeza da chegada e a alegria da partida. Pode-se, ainda, chorar de alegria e rir de tristeza. Com a língua maldizemos, com a língua abençoamos; da mesma boca provém a benção e a maldição. Há surdos que não têm ouvidos e há surdos que se fazem surdos, por quererem ser demasiadamente ouvidos. As palavras, afinal, não são sinônimas de si mesmas.

Poderia seguir em frente com frases de efeito, citações bíblicas e outras tantas vertentes da nossa língua, a última flor do Lácio, inculta e bela. Tudo para tentar evitar de falar do pobrezinho Campeonato Paranaense, que se iniciou ontem, em sua 99.ª edição.

Pensando bem, esse campeonato teve muita história, grande tradição, personagens ilustres através dos tempos, um passado glorioso e bem que faz por merecer um presente mais honroso. Mas, lamentavelmente, a ignorância, a verborragia, o mau humor e, sobretudo, a incoerência dos dirigentes dos nossos principais times "coisificaram" o certame estadual, transformando-o em uma competição longa, deficitária e quase sem graça.

Faltam craques e ídolos, faltam propostas ousadas dos grandes times, faltam, enfim, ingredientes que possam mexer com o torcedor e provocar o interesse dos analistas mais experientes, que já viram coisa bem melhor no passado.

Quem assistiu à abertura do campeonato com a transmissão pela tevê de Operário e Coritiba provavelmente ficou com aquela sensação de frustração ao apito final do árbitro. Que joguinho!

O peteleco infantil de Ruidiaz no pênalti desperdiçado pelo Coxa foi o ponto alto do "espetáculo", que provocou merecidas vaias do publico que compareceu em Vila Oficinas no encerramento.

Menos mal que a LA Sports, nova controladora do Fantasma, prometeu a contratação de reforços e que o Coritiba terá a estréia dos titulares, com realce ao veterano craque Alex, nas próximas rodadas para confirmar o seu absoluto favoritismo na corrida por mais um título.

O Atlético, que está sem vencer o campeonato há três anos e sem nenhuma contratação importante, mostrou que, com o time que empatou com o Rio Branco, é melhor continuar escondido até ter alguma coisa para mostrar.

Paraná e Londrina saíram na frente, com destaque ao Tricolor, que goleou na Vila Capanema depois de algumas dificuldades de entrosamento no início da partida com o Nacional.

No segundo tempo o Paraná soltou-se, dominou, marcou quatro gols e andou acertando a trave em clara demonstração de superioridade, além do pênalti defendido pelo goleiro paranista Luis Carlos.

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