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Houve de tudo um pouco, anteontem, na Arena da Baixada após a surpreendente derrota para o Pachuca.

Porém, é preciso relembrar que, pelo nível técnico desse elenco, Vadão e seus comandados foram longe demais. Venho repetindo isso há meses e o time parece ter atingido o apogeu na goleada sobre o Vasco, depois entrou em escala descendente.

O Furacão estava bem condicionado fisicamente e o trabalho psicológico de motivação foi elaborado com esmero, tanto que jogadores apenas medianos se superaram e passaram a mostrar futebol acima de suas possibilidades.

O problema, identificado nas últimas derrotas no Campeonato Brasileiro e repetido contra o Pachuca, foi que os jogadores ficaram convencidos de uma qualidade técnica superior que não possuem e as carências afloraram nos jogos em que o time tentou jogar fora de suas características. Ou seja, ao renunciar a velocidade e o sufoco no adversário pelo toque de bola que não possui, o time não se sustentou e sucumbiu. Só voltará a ganhar se jogar com garra e rapidez.

Ainda sobre a derrota, Vadão equivocou-se ao trocar Marcos Aurélio por Dagoberto. Marcos Aurélio deveria ter continuado exatamente para ver como é que funcionava o ataque com ele, Dagoberto e Dênis Marques. Poderia ter sacado Alan Bahia, Cristian ou Ferreira que se arrastaram em campo.

Pelé x Ronaldinho

Depois de um ano inteiro sem marcar um mísero gol pela seleção brasileira e com decepcionante comportamento na última Copa do Mundo, Ronaldinho Gaúcho precisa mostrar muita coisa para que os seus fãs voltem a compará-lo com Pelé.

Aliás, essa mania de tentar igualar jogadores fora de série com o maior de todos os tempos cansou.

Foi assim nos tempos de Di Stéfano, passando por Cruyff, Zico, Maradona, Platini, Romário, Ronaldo até chegarmos a Ronaldinho Gaúcho. Só que nenhum deles marcou tantos gols quanto Pelé, muito menos conquistaram tantos títulos como ele ou realizaram jogadas tão extraordinárias em uma época de pouca documentação histórica eletrônica.

O ano de Dunga

Aproveitando a brecha deixada pelo fracasso de Parreira no comando da seleção, Dunga fechou o ano em alta.

Inteligente, soube rejuvenescer o time ao mesmo tempo em que implantou nova política de convivência com os jogadores. A convocação de Ronaldinho Gaúcho para ficar na reserva apenas confirmou a tendência de que todos os jogadores precisam seguir a disciplina geral, coisa que inexistiu nos preparativos e durante a última Copa do Mundo. Antiguidade era posto, enquanto que na era Dunga o jogador necessita comprovar a sua forma física e o estado técnico para merecer um lugar ao sol.

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