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O Atlético conseguiu duas coisas que procurava há tempo: vencer e voltar a golear em casa. Longe de ter sido uma apresentação brilhante, gratificou o esforço dos jogadores, valeu pelos três pontos e, sobretudo, serviu para quebrar o encanto negativo que vinha acompanhando a equipe na Arena.

O jogo foi todo do Atlético, mas a goleada só se desenhou à partir da expulsão de um jogador do frágil Juventude, aos 10 minutos do segundo tempo. Até ali, o Furacão vencia por 1 a 0, mas errava muitos passes e não conseguia dobrar o adversário.

Roberto e Dinei mostraram-se inseguros. Em compensação, a defesa esteve em bom plano, os alas melhoraram e, é claro, Ferreira e Alex Mineiro fizeram a diferença.

Nova troca

O Paraná não tem sossego no comando técnico e parte para a terceira troca no ano. Desta feita, antes que perdesse para o Flamengo e ficasse em situação difícil, o técnico Pintado pediu para sair com a argumentação da proposta irrecusável do exterior.

Menos mal. A verdade é que depois de Zetti, que se deu bem na condução da equipe apesar de ter perdido o título estadual e de não ter levado o Tricolor mais longe na Libertadores, o Paraná não se achou mais. Mas Zetti deixou a marca do seu trabalho, que foi desaparecendo, principalmente depois da saída do armador Dinélson.

Sem o craque que se destacou ao lado de Josiel e com Pintado não conseguindo manter o padrão de jogo, o Paraná caiu de produção, distanciando-se das primeiras colocações e acumulando resultados negativos em casa.

Hoje, frente ao Flamengo, todos reconhecem as dificuldades. Mas a estréia de Gílson Kleina, contra o Palmeiras, dá um novo alento. Não que Kleina seja sinônimo de mago ou coisa parecida. Até pelo contrário: em sua passagem pelo clube só ganhou três dos dezesseis jogos disputados. Mas toda mudança altera o cotidiano do futebol.

Tipo exportação

A descoberta de Pepe, um zagueiro que há seis anos foi vendido pelo Corinthians de Maceió por 40 mil dólares e agora foi comprado pelo Real Madrid por 30 milhões de euros, diz bem a desastrosa transformação do futebol brasileiro.

Exatamente como o ouro, a prata e o pau-brasil no passado, o jogador de futebol também está sendo levado em impressionantes quantidades, sem qualquer controle.

Ainda meninos – Pepe saiu com 18 anos –, eles vão embora sem registro profissional nos times brasileiros. Como maior exportador mundial de jogadores, o Brasil mandou 851 jogadores em 2006. Por isso, não foi surpresa quando Dunga convocou os desconhecidos Fernando e Afonso para a seleção.

Aliás, será necessário um trabalho de rastreamento em todos os continentes para acompanhar o desenvolvimento dos brasileiros que atuam fora do país. A seleção virou um encontro de "estrangeiros".

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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