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O Campeonato Brasileiro está entrando naquela fase em que os candidatos ao título começam a adquirir a pigmentação de campeão.

Alguns conseguem com antecedência, o que parece ser uma regra em campeonatos disputados por pontos corridos, limitando-se à disputa do título entre dois, no máximo três times.

Mas isso não representa que a fórmula mata-mata é melhor, mais emocionante ou possa proporcionar maior retorno de audiência às redes de televisão.

Os defensores da volta da fórmula mata-mata – basicamente os cariocas, que estão fora da luta pelo título há nove anos – esquecem que o campeonato vira um torneio composto de diversas e arrastadas fases. Ninguém leva a sério a fase classificatória, achando que se ajeitará na sequência e chegará fortalecido nas etapas decisivas.

Audiência pra valer só dá mesmo nos cruzamentos finais, quando saem os finalistas e os candidatos às vagas da Taça Libertadores.

O campeonato por pontos corridos é importante sempre, da primeira à última rodada. E, principalmente, muito mais justo, já que se oferece o título de campeão ao time que somar o maior numero de pontos e não ao que tiver mais sorte, como é comum na alternativa mata-mata.

De qualquer forma, o baixo nível técnico nesta temporada afastou o torcedor, que perdeu o interesse não por causa do modelo de disputa, mas pela pobreza de quase todas as equipes.

Palmeiras, São Paulo, Interna­­cional, Goiás e Atlético Mineiro, que disputam o troféu, têm sido muito irregulares e mais irritam do que empolgam os seus torcedores.

Sem boa técnica, equilíbrio tático e determinação, torna-se difícil a identificação do favorito ao título. Nenhum dos candidatos conseguiu a imprescindível pigmentação dos vencedores. Ou, como se dizia antigamente, ninguém esta com pinta do campeão.

Quem não chora, não mama

Tema de tangos e lufardos, o choro faz parte das tragédias argentinas. Quem não chora não mama foi a resposta da imprensa argentina ao técnico Maradona, que xingou os jornalistas depois da dramática classificação da seleção para a Copa do Mundo.

A imprensa nada mais fez do que apontar as deficiências do time após a goleada de 6 a 1 da Bolívia e as derrotas para Brasil e Paraguai, salientando a sorte da Argentina no suado triunfo sobre o Peru, que por pouco não empatou a partida no último chute.

Jogando na retranca e visivelmente pelo empate em Mon­­tevidéu, mais uma vez a sorte esteve ao lado dos argentinos, que acabaram vencendo o Uruguai.

Por aqui, um misto de frustração e conformismo. Frus­­tração para quem, como eu, lastima o comportamento a­­gres­­sivo do arrogante Mara­­dona e conformismo para quem entende que uma Copa sem a Argentina não tem graça. Bo­­bagem. Eles não estiveram no México em 1970 e foi o título mundial mais comemorado pelos brasileiros em todos os tempos.

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