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Dois jogos válidos por torneios diferentes e uma noite de festa para o futebol baiano em Curitiba.

Na Vila Capanema, para desilusão da torcida, que começa a perder a esperança de rever o time na Primeira Divisão, o Paraná permitiu que o Bahia virasse o placar. Foi muito atrapalhada a atuação paranista ontem à noite.

Rafinha abriu a contagem para o Paraná, teve boas oportunidades para ampliar e liquidar a fatura, mas finalizou mal, e em dois contra-ataques o Bahia chegou a vitória com gols do oportunista Jael.

No desespero, o Tricolor paranaense pressionou e quase empatou, mas o goleiro Fer­nando assegurou o triunfo baiano com uma defesa espetacular.

No Alto da Glória, em partida tecnicamente fraca, o Coritiba foi superior ao Vitória e igualou o marcador pela Copa Sul-Americana com direito a um golaço de Marcelinho Paraíba. Pela má apresentação do Vitória e pelas condições do jogo favoráveis ao time de Ney Franco, a situação poderia ter sido decidida no tempo regulamentar. Porém, nem o retorno de Ariel e as boas atuações de Renatinho e Leozinho foram suficientes para a marcação do terceiro gol.

Nos pênaltis, entretanto, os baianos conferiram os cinco e Jéci errou para o Coxa, classificando o Vitória para a fase internacional do torneio. E o Coritiba despediu-se dentro de casa, melancolicamente, de mais uma competição no ano do centenário.

Repetição sistemática

Tem chamado a atenção o fato de os nossos times repetirem, sistematicamente, atuações convincentes em casa intercaladas por apresentações decepcionantes quando jogam fora. Na maioria das vezes as más exibições ocorrem nas partidas frente aos times considerados de porte médio ou pequeno. O Vitória, que vem em escalada descendente, quebrou a série invicta do Atlético em uma péssima jornada do time de Antônio Lopes.

Destaque-se a condição de o Furacão ter conseguido jogar bem frente ao Barueri e ao São Paulo, intercalando aquela desconcertante apresentação na Bahia.

Também poderia não existir explicação lógica para o Coritiba, que saiu de um triunfo sobre o líder Palmeiras e foi facilmente batido pelo frágil Santo André, desfalcado. Ou para o Paraná, que conseguiu ser goleado pelo cambaleante Fortaleza.

São compreensíveis as dificuldades, afinal não possuímos nem um grande elenco, mas essa repetição sistemática é motivada, a meu juízo, pela falta de conscientização dos jogadores e até mesmo falta de humildade quando enfrentam adversários de menor envergadura.

Imaginando-se superiores, renunciam ao esquema defensivo, ao respeito que dedicam aos adversários de maior envergadura técnica e acabam caindo na armadilha.

Vale citar Franklin Roo­sevelt: "O único homem que não comete erros é o que nunca faz nada. Não tenha medo de errar, contanto que não cometa duas vezes o mesmo erro".

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