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Mesmo enfrentando uma equipe rebaixada e sem maiores recursos técnicos o Atlético teve de lutar muito para sair vitorioso de campo.

Acontece que os laterais voltaram a jogar muito mal e a meia-cancha só armou correria, sem nenhum esboço de talento para organizar o setor. Salvaram-se os zagueiros interiores, pouco acionados pelo débil ataque do América; Valência, como sempre o único meio-campista com categoria técnica e Ferreira, autor do belo gol que abriu a contagem. O América, apesar de tudo, acertou uma bola na trave do goleiro Vinicius, que se mostrou em boas condições para substituir Viáfara.

A certa altura da etapa final a torcida cansou de ver tanta mediocridade e começou a vaiar o time, até que saiu o segundo gol em bola rebatida pelo goleiro que o zagueiro Rhodolfo completou. Serviu para despressurizar a Arena da Baixada e aliviar a posição do Furacão no campeonato.

Cada vez pior

O panorama não poderia ser mais desolador na Vila Capanema: dentro de campo um time sem poder de reação, fora uma diretoria aparentemente sem condições de explicar de maneira convincente o que aconteceu com a administração financeira do clube.

Na crise técnica o diagnóstico já foi feito e o que anda faltando é o remédio para ajudar na cura. Ou seja: o time enfraqueceu-se tecnicamente e, jogando desfalcado, tornou-se presa fácil para o Palmeiras. No primeiro tempo o gol demorou para sair e deu a falsa impressão de que o Paraná estava jogando bem porque os palmeirenses entraram de salto alto, marcando a meia pressão até que uma bola na trave assustou o goleiro Diego Cavalieri e o resto do time. No segundo tempo a goleada veio ao natural.

Na crise administrativa o que falta é transparência, pois, pelo que se ouve da voz rouca das ruas, o presidente José Carlos de Miranda não agiu sozinho e a situação do clube pode se agravar sem uma rápida e pronta intervenção de lideranças políticas, representadas por ex-presidentes e cabeças coroadas do Conselho Normativo.

Torcida virou

O Coritiba continua na dele: jogando na conta do chá e somando os pontos em casa para voltar a Primeira Divisão.

Como escrevi há alguns dias, a esta altura do campeonato a torcida coxa-branca não está nem aí com a qualidade técnica do espetáculo. Ela sabe que o time é fraco e o importante é sair da Segundona o quanto antes.

Não foi diferente, sábado, quando o Coxa voltou a jogar mal e a sofrer o primeiro gol. Mas, pressionado pela vibrante torcida que compareceu em grande número, o time revelou capacidade de recuperação na base da garra e com dois gols de Gustavo ganhou o jogo. Quem virou mesmo o placar foi a torcida, cada vez mais decisiva no Alto da Glória.

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